A excentricidade, no entanto, custará caro. A manutenção de apenas 1 grama de cinza humana em órbita sairá por US$ 995, algo em torno de R$ 3 mil. Caso a quantidade suba para 7 gramas, o valor do transporte passa para US$ 5,3 mil – equivalente ao preço de mercado de um carro popular. Essas quantidades representam uma parcela ínfima do corpo humano, que cremado pesa em média 1,5 quilos. Para os mais desprendidos, uma alternativa é o plano que prevê o “sepultamento” em solo lunar. A opção não sai por menos de US$ 12,5 mil – quase R$ 40 mil.
“A pessoa não é enterrada, mas tem suas cinzas colocada sobre a superfície da Lua”, explicou o empresário Celso Sepulvida, presidente do Grupo que oferecerá o serviço em São Caetano. “Há anos eu ouço falar deste serviço e em junho do ano passado resolvi procurar por uma empresa nos Estados Unidos que desenvolve esse projeto”, afirmou. O acordo foi firmado com a Foundation Celestis, que garante ter oito anos de experiência nessa área, e parceiros nove países, entre eles Japão, Alemanha e Grã-Bretanha.
Sepulvida está otimista com o projeto, mas admite que o alto valor dos “pacotes” pode ser um empecílio para que o negócio prospere. Hoje, esses valores devem ser quitados à vista. Para adaptar o projeto à realidade brasileira, o empresário pensa em desenvolver nos próximos meses um plano de pagamento a prazo. Em sua concepção inicial, a iniciativa prevê a elaboração de “suaves” prestações mensais, que podem se estender por até dois anos.
Cerimônia – Independente da forma, o pagamento deve ser feito enquanto o “viajante” estiver vivo. É ele quem deve assinar a autorização para o envio de suas cinzas para o espaço. O documento é uma das únicas provas de que parte do falecido entrará em órbita no espaço. Pouco antes da decolagem do material, que pega carona em foguetes de missões espaciais não tripuladas, é feita uma cerimônia em homenagem aos mortos e uma fita de vídeo da solenidade é enviada para familiares do falecido, “sem custos adicionais”, garante o empresário.
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