Economia Titulo Sindical
Metalúrgicos rejeitam
proposta da Quasar

Empresa pretendia quitar PLR em dois pagamentos
de R$ 750 nos dias 25 de fevereiro e março

Pedro Souza
Do Diário do Grande ABC
31/01/2015 | 07:23
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Andréa Iseki/DGABC


A maioria dos cerca de 350 trabalhadores da fabricante de autopeças Quasar, de Mauá, rejeitou a proposta da empresa de quitar a segunda parcela da PLR (Participação nos Lucros e Resultados) em dois pagamentos, um no dia 25 de fevereiro e outro em 25 de março.

A empresa, que está em recuperação judicial, pretendia não depositar o benefício, de R$ 1.500, aos funcionários. Pelo acordo com o Sindicato dos Metalúrgicos de Santo André e Mauá o prazo para a segunda parcela encerrava ontem, tendo em vista que a primeira foi liquidada em julho.

Com a decisão, os trabalhadores continuam em atividade até nova assembleia com o sindicato, marcada para as 14h da segunda-feira, após reunião da entidade com a Quasar.

O diretor do sindicato Geovane Corrêa explicou que os funcionários não aceitaram a proposta porque queriam o pagamento integral ou, no mínimo, dividido em duas parcelas de R$ 1.000 e R$ 500. Além disso, discordaram da ideia de receberem até o fim de março.

Para o presidente em exercício do sindicato, José Braz, o Fofão, os metalúrgicos da fábrica têm mais um motivo para não concordarem com a proposta da empresa. “Eles estão lá dentro. Estão vendo os pedidos entrarem. Não estão parados.”

Além das conversas para conseguir que a autopeças pague a PLR o mais rápido possível aos trabalhadores, o sindicato entrará em outra negociação com a Quasar, no dia 10. Segundo Corrêa, o objetivo do encontro é fazer com que a companhia deposite os valores devidos ao FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) dos metalúrgicos.

O sindicalista explicou que todos os 350 operários estão com esse direito trabalhista em atraso. “A empresa não deposita há, aproximadamente, um ano”, destacou Corrêa.

MEDO - Sobre o carro de som, ontem, durante a assembleia, Corrêa deixou claro que os comentários de que a empresa vai pedir falência, por enquanto, são apenas boatos. Explicou ainda que a Quasar conseguiu na Justiça um interdito proibitório para que os funcionários da MTP (Metalúrgica de Tubos de Precisão), do mesmo grupo empresarial e localizada em Guarulhos, fiquem, pelo menos, a dois quilômetros de distância da fábrica de Mauá. Isso porque no dia 16, os 770 empregados da MTP foram informados, por meio de telegrama, que seriam dispensados, e entraram em greve no dia 22.

Por esse motivo, os metalúrgicos da Quasar decidiram paralisar a produção, em Mauá, solidariamente aos empregados da MTP naquela ocasião. 




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