O prefeito de Ribeirão Pires, Saulo Benevides (PMDB), vai gastar R$ 4,8 milhões dos cofres públicos com locação de veículos sem saber ao certo quantos automóveis vai necessitar no período de vigência dos quatro acordos assinados.

De acordo com edital da licitação encerrada no dia 8, a administração vai locar caminhões e furgão para serviços diversos no município. O documento não prevê, entretanto, o número de carros à disposição. Nem mesmo o governo peemedebista sabe ao certo se utilizará todo recurso empenhado nos quatro convênios publicados no dia 9, no Diário Oficial.

A Prefeitura de Ribeirão informou somente que houve apenas registros de preços por enquanto e que não necessariamente todo valor envolvido no contrato será consumido.

O contrato global de R$ 4,8 milhões está dividido em quatro lotes, que serão repartidos por empresas distintas.

A maior fatia está com a José Carlos de Araújo Transportes-ME. Ela vai arrecadar R$ 2,7 milhões por sua parte no acordo e terá de garantir a cessão de caminhões-pipa (com capacidades de 6.000, 10 mil e 15 mil litros), além de transportes truck com caçambas basculantes.

O lote 2 está nas mãos da Pluri Rental Comercial Locações Eireli, que terá direito a R$ 803 mil por empréstimo de carrocerias tipo baú.

A empresa Eteng Engenharia e Serviços Ltda, no lote 3, terá repasse de R$ 671,9 mil. O caminhão exposto no documento é detalhado como hidrojato. No lote 4, a Abra Guindastes e Locação de Máquinas Ltda vai embolsar R$ 550 mil para locar trator agrícola, com roçadeira manual.

De acordo com a Tabela Fipe de automóveis, um modelo de caminhão 2015, de fabricação da Volkswagen e de mesma capacidade estrutural de um caminhão-pipa, custa em média R$ 251 mil, o que possibilitaria o governo de Saulo Benevides comprar 19 veículos.

O valor a ser destinado somente com este contratação representa 1,4% do total previsto em arrecadação em todo o município durante o este ano, cujo a estimativa é de aproximadamente R$ 339 milhões.

Em maio de 2013, Saulo decidiu locar parte da frota de veículos que servem às secretarias, principalmente em setores administrativos. Vinte automóveis populares foram negociados para substituir parte da frota municipal. A alegação do prefeito na ocasião era o alto custo de manutenção com os carros oficiais, muitos deles com quilometragem alta.