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Os efeitos da crise financeira mundial ainda não chegaram ao bolso dos brasileiros das classes C e D, mas empresas das áreas de telefonia celular, cartão de crédito e lazer devem se preparar. O Natal está garantido. Depois disso, começarão a economizar e já elegeram gastos nessas áreas como os primeiros a serem cortados ou fortemente reduzidos a partir de 2009. A compra do carro e da casa, itens que representam a inserção definitiva das classes C e D na classe média, também ficará para depois.
Essa é uma das conclusões da pesquisa Retratos da Crise: As Classes C e D em Estado de Alerta, feita pela agência de propaganda McCann Erickson e pelo instituto Data Popular, com 1.720 pessoas das classes C e D em capitais e grandes cidades de sete países da América Latina - Brasil, Chile, Colômbia, Costa Rica, Honduras, México e Panamá. A agência consultou pessoas entre 24 e 60 anos, com renda entre R$ 607 e R$ 3.033, com o objetivo de orientar as empresas que atendem a respeito do que fazer e como se comunicar com esse público, considerado o motor da economia brasileira.
A pesquisa mostra que os consumidores das classes C e D, que representam 54% da população brasileira, ainda não sentiram os impactos que a crise pode gerar no País e em suas famílias, mas estão apreensivos, sobretudo pela influência das notícias veiculadas sobre o assunto pela mídia. Cerca de 36% acham que o consumo vai diminuir, devido ao aumento dos preços dos produtos, e 32% pensam que o desemprego vai aumentar e pode afetar sua capacidade de honrar pagamentos.
Nesse contexto, 66% dos consultados pretendem cortar despesas. Em primeiro lugar na lista de cortes está o cartão de crédito, citado por 27% dos entrevistados; lazer está em segundo lugar, citado por 14%; celulares estão em quarto lugar. Contas e gastos públicos, embora não façam parte da lista dos supérfluos, aparecem em terceiro lugar na lista dos cortes prioritários dos consumidores, citados por 12%.
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