Os aplausos, tradicional expressao de solidariedade entre os espanhóis durante funerais, foram seguidos do silêncio que se fez quando o caixao era levado à capela deste imenso e austero monastério onde sao sepultados os membros da realeza espanhola.
Antes, a família real, acompanhada dos comandantes das forças armadas e líderes políticos, tinha assistido uma missa no Palácio do Oriente em Madri, oficiada em homenagem à condessa de Barcelona, que faleceu em sua residência da ilha de Lanzarote, nas Canárias. A condessa, há anos confinada a uma cadeira de rodas devido a problemas na coluna e nas pernas, passou grande parte de sua vida no exílio, mas teve papel preponderante na restauraçao da monarquia depois da morte do general Francisco Franco, em 1975.
Em particular atribui-se à Condessa papel de moderadora em 1969, quando Franco escolheu o rei Juan Carlos como rei, passando por cima do herdeiro na linha, o pai do monarca, Juan de Borbón.
Pelo menos 15 mil pessoas já tinham feito fila segunda-feira para prestar homenagem à rainha-mae, cujo corpo estava na capela ardente no palácio real de Madri. Nesta terça-feira, centenas de pessoas se concentraram nas ruas para acompanhar a passagem do cortejo fúnebre que se dirigia a San Lorenzo de El Escorial, 50 quilômetros a Oeste de Madrid. O presidente do governo, José María Aznar, que estava na residência de Lanzarote quando a condessa faleceu, estava entre os mais de 100 personalidades políticas que compareceram à missa.
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