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Mulher mordida por cao fica sem vacina em Sto.André
Ana Macchi
Da Redaçao
13/10/2000 | 20:31
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A dona de casa Apareci da Paulo Lima, 55 anos, tem de correr contra o tempo e contar com a sorte para ser vacinada contra o vírus da raiva. Depois de ser mordida por um cachorro de rua na tarde desta quinta no bairro Campestre, em Santo André, Aparecida tem pouco mais de 24 horas para tomar a vacina anti-rábica. Isso porque, até o final da tarde desta sexta, ela nao havia encontrado aberto nenhum dos seis postos de saúde que aplicam a medicaçao em Santo André.

Atendida no Hospital Municipal, onde o médico recomendou a aplicaçao imediata da vacina, a dona de casa tem agora de encontrar um posto em funcionamento para receber o medicamento. Caso contrário, corre o risco de contrair o vírus da raiva. Procurados pela reportagem do Diário, o Centro de Controle de Zoonoses e as unidades de saúde do Centro, Parque das Naçoes, Vila Luzita, Parque Andreense, Centreville e Parque Miami - que aplicam a vacina em Santo André -, nao funcionaram ontem e na quinta-feira. O Hospital Municipal indicou a unidade de ortopedia do Pronto-Socorro do Hospital das Clínicas, em Sao Paulo, já que os postos de Santo André estavam todos fechados.

Para Aparecida, a paralisaçao no atendimento municipal é um descaso com a populaçao. "Já faz dois dias que fui mordida e nao consigo achar um posto aberto por causa do feriado. Se quiser, vou ter de ir para outra cidade, pois a informaçao dada pelo Centro de Controle de Zoonoses é que só vou conseguir ser vacinada na segunda-feira. Até lá, será tarde demais", reclamou Aparecida.

Preocupaçao - A falta de atendimento causou indignaçao no irmao de Aparecida, o radialista Miguel Arcanjo de Paulo. "O hospital deu um prazo de 72 horas para ela ser vacinada e indicou o Centro de Zoonoses para aplicar a vacina. O pior é que o cachorro estava machucado e espumava bastante. Cheguei a ligar para o Corpo de Bombeiros vir buscá-lo, mas disseram que só o canil poderia recolher o cao. Também liguei para os seis postos de saúde da cidade indicados pelo Centro, mas ninguém atendeu", reclamou Paulo.

Além do risco de contrair o vírus da raiva, o incidente deixou ainda imobilizados os dois braços de Aparecida. "Estou bem machucada. Fui dar água para o cachorro e ele acabou mordendo os meus braços. O que realmente me preocupa é se vou conseguir ser vacinada a tempo", disse.




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