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Erótika põe o sexo na ordem do dia
Andrea Catão Maziero
Da Redação
06/07/2002 | 17:59
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Sexo é o assunto em São Paulo, onde até terça-feira acontece a 7ª Erótika Fair. Montado no Espaço das Américas, o evento propõe aos mais diferentes tipos de visitantes (desde que tenham mais de 18 anos) formas ilimitadas de prazer. A Erótika, por reunir empresas do ramo de sex shop e de entretenimento, é o lugar perfeito para aqueles que querem ver, sem, no entanto, serem vistos com preconceito.

A proposta do evento é despertar o sétimo sentido pela estimulação dos cinco conhecidos, além da intuição, que é, para muitos, o sexto sentido. Mas, embora a idéia seja despertar todos eles, o que mais prevalece enquanto se excursiona pelos estandes e atrações da feira é a visão. Coincidência ou não, ver é o princípio do voyeurismo.

E por falar em voyeur... uma cabine montada no centro da feira, dotada de fechaduras e que permite a espionagem de um casal em poses eróticas (bem próximas de uma relação sexual), é a atração mais disputada da feira. E o público, que compete pelas fechaduras disponíveis, é, em geral, masculino. "O homem fica excitado com facilidade ao ver uma mulher nua ou presenciar cenas de sexo, o que imagino não ocorrer com a mulher", disse o engenheiro Márcio Bolero, 31 anos, que esteve na abertura da feira na quinta-feira.

O público masculino, por sinal, é o que mais encontra atrações na feira, as quais estão disponíveis no Erótika Land. As fantasias sexuais do homem podem ser vistas tanto no Castelo como no Templo dos Fetiches. Os visitantes assistem a pequenas atuações de atores que simulam e até praticam, ao vivo, inúmeras variações sexuais.

Ver duas mulheres em luta livre ou se acariciando são as fantasias preferidas do homem, segundo profissionais do sexo. Cenas de submissão, em que um homem ou uma mulher torna-se escravo diante de uma mulher poderosa, também costumam agradar o público masculino.

É grande ainda a procura por atrações interativas, nas quais o visitante tem a oportunidade de tocar ou ser tocado por um modelo ou ator contratado para a feira. Nesse caso, porém, não interagem com o público somente garotas, sendo a oportunidade perfeita para que as mulheres também tenham sensações.

Shows com stripers e travestis, entre outros, acontecem periodicamente. As atrações são mistas. Portanto, tanto mulheres quanto homens tiram a roupa alternadamente.

Sex shop – O receio de ser flagrado num sex shop faz com que muita gente tenha medo até de passar na porta de um estabelecimento do tipo. "As pessoas imaginam que o público que freqüenta sex shop é de encalhados, prostitutas e homossexuais. É por isso que na feira as pessoas sentem-se mais à vontade. Elas matam a curiosidade e, depois, tornam-se clientes", disse a sexóloga Carla Renata Calça, que representa a Power Sexy na Erótika.

A infinidade de produtos comercializados nas lojas do ramo, porém, é enorme e não são vistos apenas como apetrechos para incrementar as relações, mas também para educação sexual e prevenção.

Quem já ouviu falar em popoarismo? É uma técnica que ajuda a fortalecer a musculatura da vagina que, além de melhorar a performance sexual da mulher, facilita o parto natural e a recuperação. E é no sex shop que se pode encontrar as bolinhas de popoarismo e as instruções de como utilizá-las.

Gel para os mais variados fins também são comercializados. Feitos à base de água, eles podem ajudar o homem a controlar a ejaculação ou aumentar a sensibilidade feminina durante a relação.

Fantasias, lingeries, brinquedos eróticos, imitações do pênis e da vagina feitos de silicone, com ou sem vibrador, e uma infinidade de produtos são encontrados na feira. 7ª Erótika Fair – A partir deste sábado até terça-feira, das 15h às 23h, no Espaço das Américas (avenida Francisco Matarazzo, 530, em frente ao Parque da Água Branca, na capital). Ingressos a R$ 15 e atrações do Erótika Land a R$ 3. Maiores de 65 anos não pagam ingresso; menores de 18 anos não podem entrar.




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