Durante o enterro do comandante, um Airbus da TAM fez três vôos rasantes sobre o cemitério e Rolim foi aplaudido. Diversos funcionários da TAM, uniformizados, acompanharam o enterro. Emocionada, a esposa de Rolim, Noemy Amaro, foi a primeira pessoa a jogar flores sobre o caixão. Após o enterro, um helicóptero jogou pétalas de rosas sobre o cemitério.
O velório aconteceu no Pavilhão Oficial do Aeroporto de Congonhas. Além de familiares, empresários, artistas, políticos, esportistas, pilotos, comissários de bordo e funcionários de outros setores da empresa prestaram suas últimas homenagens ao comandante. Uma missa de corpo presente foi celebrada por Dom Fernando Figueiredo.
O governador Geraldo Alckmin, que esteve no velório, afirmou que a morte de Rolim é uma grande perda para São Paulo e para o país. “O comandante era uma pessoa com grande talento criatividade; foi um empresário que começou como piloto e construiu uma grande empresa", disse.
O deputado Michel Temer (PMDB-SP) também lamentou a perda do empresário. “Ele deixou uma marca extraordinária de dinamismo; sentido de igualdade, humildade e de coragem pessoal e empresarial", afirmou. O deputado José Genoíno (PT-SP) destacou o pioneirismo do presidente da TAM. “Era um empresário de iniciativa e inovador", comentou o deputado.
O caixão foi coberto com as bandeiras do Brasil, da TAM, do São Paulo (time de coração de Rolim) e da Escola de Samba do Salgueiro, na qual o empresário desfilaria no Carnaval 2002, com o tema “Asas que vem de sonho – Viajando com a Salgueiro, orgulho de ser brasileiro”. O corpo foi transportado para o cemitério por uma viatura do Corpo de Bombeiros.
Rolim Adolfo Amaro, que completaria 59 anos em setembro, deixa sua esposa, três filhos e uma neta.
Acidente - O comandante Rolim e Patrícia haviam deixado a fazenda do empresário, a 25 quilômetros de Ponta Porã, quando, por volta das 9h30, segundo testemunhas, o aparelho perdeu altura, bateu de barriga num coqueiro e caiu de bico no chão.
Peritos da Força Aérea do Paraguai acreditam que o acidente tenha sido causado por uma falha no rotor. O laudo oficial será divulgado em 90 dias.
Os dois sofreram traumatismo craniano, graves ferimentos no abdômen e tiveram morte instantânea. Os corpos foram levados para o necrotério de Pedro Juan Caballero e familiares de Rolim viajaram para a cidade para liberá-los. O corpo do empresário foi traslado por um avião da TAM ao Aeroporto de Congonhas.
Assessoria de imprensa da TAM informou que Rolim estava indo para o Hotel Granada Park, em Assunção, onde se encontraria com o presidente da TAM no Mercado Comum do Sul (Mercosul), Miguel Cândia.
História - Nascido em Pereira Barreto, no interior de São Paulo, em 15 de setembro de 1942, Rolim Amaro adquiriu o controle acionário da TAM em 1972, a partir da Táxi Aéreo Marília, onde trabalhou como piloto. Foi sócio da Vasp durante anos e deixou sua participação naquela empresa há três anos. Atualmente, a TAM detém 25% do mercado de vôos e emprega 7,5 mil funcionários.
Em junho de 1997, Rolim recebeu pela terceira vez o Prêmio Maiores e Melhores, da revista Exame, na categoria de melhor empresa do ano. A revista Aero Magazine premiou o empresário como personalidade do ano e a TAM como empresa aérea do ano de 2000.
Em 1996, a TAM viveu o pior momento de sua história, com a queda de um Fokker 100 nas proximidades do Aeroporto de Congonhas, que causou a morte de 99 pessoas. Em 1997, um novo susto abalou a empresa. Uma explosão durante um vôo causou a morte de um passageiro. Um professor de matemática é acusado de ter levado uma bomba para o avião.
Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.