Economia Titulo Faturamento
Pequenas empresas têm
queda de 1,3% nas vendas

Concorrência com produtos importados e desaquecimento
na demanda das montadoras colaboraram para o quadro

Leone Farias
Do Diário do Grande ABC
22/12/2011 | 07:30
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A concorrência com os produtos importados e o desaquecimento na demanda, por exemplo, das montadoras, colaboraram para que as pequenas empresas do Grande ABC registrassem queda de 1,3% (já descontada a inflação) neste ano até outubro frente a igual período de 2010, segundo especialistas.

A retração, observada em pesquisa do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Estado de São Paulo, contrasta com o desempenho em todo o Estado - onde houve, em média, alta de 4,1% no período - e também de outras regiões - na Capital, as MPEs tiveram expansão de 5,4%.

Na avaliação do economista do Sebrae-SP Pedro Gonçalves, a variação negativa parece refletir o perfil da atividade econômica nos sete municípios, que têm forte parque industrial. As pequenas fabricantes paulistas também tiveram, em média, redução de 1,3%, enquanto empresas de serviços registaram alta de 7,7% e o comércio cresceu 4,3%.

"A indústria que depende de crédito para vender foi prejudicada. E o real valorizado reduz a competitividade (frente aos itens importados). Além disso, os estoques da montadoras estão altos e, com isso, o movimento de encomendas para essas companhias se reduz", afirma.

O pequeno empresário Shotoku Yamamoto, que é diretor adjunto da regional do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo em Santo André, assinala que, para o setor industrial, o segundo semestre foi ruim. "As pequenas devem ter acompanhado esse desempenho", avalia. Ele acrescenta que, além da demanda interna retraída, a crise europeia já começa a afetar a economia brasileira.

PERSPECTIVAS - Gonçalves projeta crescimento de 4% para as microempresas paulistas no fechamento de 2011, enquanto para o Grande ABC, ele calcula que haverá empate ou ligeira retração frente a 2010. Já para 2012, ele calcula que as reduções de juros adotadas pelo governo para reativar as compras a prazo devem surtir efeito no segundo semestre.

Por outro lado, Shotoku espera que, com a recessão nas nações desenvolvidas, o País atraia investimentos produtivos, como transferências de fábricas, por exemplo.




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