Eleito para presidir a Câmara de São Caetano no biênio 2011/12, o vereador Sidnei Bezerra da Silva, o Sidão da Padaria (PSB), avalia que assumirá em período turbulento que definirá pontos polêmicos no cenário municipal: o número de cadeiras na Casa, aumento do subsídio parlamentar e ‘véspera' da eleição municipal. O socialista credita a indicação de seu nome ao posto máximo da mesa diretora à aproximação do mandato com o governo José Auricchio Júnior (PTB), crescimento do partido na cidade e busca por novos quadros.

"Talvez seja mais pela inovação no panorama político, sem entrar no mérito de legenda. Existe a busca por geração nova, pois não temos lideranças políticas antigas. O PSB se mostra forte em São Caetano e no País. Conseguimos dois cargos na mesa (Maurício Fernandes ficou como 1º secretário)", afirmou. O parlamentar quebrou a hegemonia do PTB, no comando desde 2001.

Nos bastidores, o que se comenta é que a escolha pelo nome do socialista se deu para desarticular grupo político recém-formado por ele, Iliomar Darronqui (PR) -, hoje sem força no Palácio da Cerâmica -, Jorge Salgado (PTB) e Paulo Bottura (PTB).

Sidão lembra que, certamente, haverá pressão por aumento total das cadeiras para 2013, uma vez que a cidade poderá comportar 19 vereadores conforme a densidade demográfica. "Vai ser austero, politicamente tumultuado. Apesar do bom funcionamento atual com 12 vereadores, iremos defender 15. Analisaremos melhor, já que teremos de readequar gabinetes. Nossa decisão dependerá também da estrutura."

Questionado sobre projetos, o vereador disse que quer marcar rótulo na presidência. "Ticket-refeição é um dos planos que os funcionários reivindicam desde 2001 e desejamos colocar em prática. Infelizmente até hoje não se conseguiu concluir."

O socialista disse que o acréscimo do ‘salário' parlamentar, aprovado no Congresso, ainda será debatido para se constatar a viabilidade. "Vou pensar bem, reunir os vereadores, fazer estudo para evitar desgaste." Em São Caetano, a base dos ordenados é calculada em 50% do reajuste aos deputados estaduais. O salto seria de R$ 6.200 para R$ 10 mil. Gasto anual de R$ 547,2 mil.