Política Titulo Cogitado
PSB resgata Gilson como moeda de troca

Mesmo almejando composição, sigla em Diadema promete voo solo ao apostar em ex-prefeito

Leandro Baldini
Do Diário do Grande ABC
11/01/2015 | 07:38
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Celso Luiz/DGABC


Embora tenha o desejo de compor candidatura com PT ou com o prefeito de Diadema, Lauro Michels (PV), o PSB anunciou que vai concorrer ao comando do Paço em 2016, cogitando até alçar o ex-prefeito Gilson Menezes (1983-1988 e 1997-2000) como líder de chapa majoritária.

O fato emerge em momento que a sigla está isolada na cidade, buscando pregar toada oposicionista, após atuar como situacionista na primeira metade do governo Lauro. Depois de estar alinhado com o projeto fracassado de reeleição do ex-prefeito Mário Reali (PT), em 2012, (o PSB ocupava a vaga de vice justamente com Gilson), os socialistas migraram para o bloco de sustentação do verde logo no início do mandato, tendo como recompensa a nomeação de seu presidente municipal Manoel José da Silva, o Adelson, como secretário de Segurança Alimentar.

O casamento com o Executivo durou por aproximadamente um ano e meio, sendo abalado no período eleitoral, quando Adelson optou por apoiar candidaturas de deputado federal e estadual que fugiam da orientação do chefe do Executivo. A rebeldia causou a saída de Adelson do Paço.

Depois disso, a sigla ensaiou reaproximação, mas não obteve êxito, preferindo encampar candidatura contrária ao Paço pelo comando da Câmara, em união com o PT. O projeto, que tinha o vereador Célio Boi como candidato, sendo sucedido por Cida Ferreira (PMDB), registrou derrota, sepultando de vez realinhamento com administração de Lauro Michels.

REEDIÇÃO
Em 2008, também quando figurava como independente e oposicionista na cidade – comandada, na ocasião por José de Filippi Júnior, do PT –, a legenda também lançou candidatura própria.

À época, Adelson se colocou como cabeça de chapa, mas meses depois desistiu, aceitando ser vice de José Augusto da Silva Ramos (PSDB), atual secretário de Saúde de Diadema.

Sobre os episódios, o dirigente socialista refutou comparação, admitindo que o ocorrido no passado “tratou-se de um de seus maiores erros”. “Eu deveria ter mantido a candidatura naquele ano. Não adianta eu buscar argumentos agora. Foi um equívoco”, alegou.

O principal atributo que difere o momento partidário da estratégia de 2008, segundo Adelson, é a “evolução” obtida nos últimos anos. “Estamos em ascensão. Temos dois vereadores na Câmara que apresentam expressivas votações no município”, considerou. Além de Célio Boi, a sigla é representa no Legislativo por Vaguinho do Conselho.

Mesmo com os sucessivos fracassos de Gilson nas urnas (derrota em 2010, quando tentou cadeira à Câmara Federal, além de revés na reeleição de 2012, quando era o vice-prefeito), Adelson defende sua candidatura. “No PSB é o quem tem o maior currículo”, disse o socialista, sinalizando que o projeto também pode ser encabeçado por Vaguinho, Célio Boi e ele próprio.




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