O câncer de mama é a neoplasia maligna mais frequente no sexo feminino, ficando atrás apenas do câncer de pele. Segundo dados da Sociedade Brasileira de Mastologia, cerca de uma a cada 12 mulheres terá um tumor nas mamas até os 90 anos de idade. O câncer de mama se desenvolve nas células que revestem os ductos e ácinos da glândula mamária. Na maioria das vezes, são esporádicos, isso é, atingem mulheres sem antecedente familiar. Decorrem de mutações genéticas ou fenômenos epigenéticos adquiridos durante a vida. Raramente o câncer de mama é hereditário. Estudos mostram que apenas cerca de 5% dos casos devem-se à transmissão de ascendentes aos descendentes. Não há medidas para prevenção do câncer de mama. O que a medicina oferece atualmente são estratégias que visam a redução do risco. Recomenda-se, por exemplo, evitar a obesidade e praticar atividades físicas.

Para algumas mulheres com fatores de risco para desenvolver a neoplasia, pode-se utilizar drogas como o tamoxifeno, raloxifeno e os inibidores da enzima aromatase.

Para aquelas que são portadoras de mutações genéticas herdadas, como o caso dos genes BRCA-1 e BRCA-2, pode-se cogitar da realização de mastectomia redutora de risco. A detecção precoce do câncer de mama é fator importante. Os exames recomendados para o diagnóstico são o autoexame das mamas, exame clínico, mamografia e/ou ultrassonografia mamária. Em situações especiais, jovens portadoras de mutações genéticas podem lançar mão da ressonância magnética. A confirmação do diagnóstico é feita na maioria das vezes através da biópsia de fragmento com agulha, core-biopsy ou mamotomia.

A mamografia é uma das formas mais eficazes de acompanhar esse risco. As recomendações do Ministério da Saúde para mamografia variam conforme a idade e o histórico familiar da mulher: aos 35 anos, mulheres que possuem histórico familiar da doença devem fazer a mamografia anualmente a partir dessa idade; para mulheres que não possuem histórico familiar, a mamografia começa a fazer parte do check-up feminino a partir dos 40 anos; entre 50 e 59 anos, a mamografia pode ser feita com intervalo de até dois anos entre os exames.

Em relação aos sintomas, a principal manifestação clínica da doença é a presença de nódulo, geralmente indolor. Podem ocorrer retração da pele e do mamilo, manifestações inflamatórias e, mais raramente, a presença de fluxo papilar hemorrágico ou cristalino, unilateral. É importante lembrar que nas fases iniciais as lesões são totalmente assintomáticas e só podem ser detectadas pelos exames de imagem.

Odair Ferraro é médico ginecologista/mastologista do Hospital e Maternidade Brasil.

Palavra do leitor

Boas-Festas
O Diário recebe e retribui votos de Boas-Festas a Ford Motor Company; Roberta Diedrich Mädke; Apae Santo André; Cartoon Network; Micheli Nunes; Centro Hospitalar do Município de Santo André; Equipe Conecte; Pedro Denadai; Camila Tuboi; Priscila Annibale; Rodrigo Kassa; Thiago Martinez; Mirian Lie; Escritório de Mídia; Jumplabel Solutions; José Antonio Souto Tiveron; Maria Aparecida de Oliveira Gruppelli; VGCOM – Vanessa Gianellini Comunicação; Serasa Experian; Viviane Evangelista; Lucia Paes de Barros Assessoria de Comunicação; Adriana Fegyveres; Spoke Relações Públicas e Equipe; Diana Falcão; Todavia Comunicação; Roberto Ozano; Raquel Silva; Débora Negro; Equipe Sady Motores.

Culpado!
O governo deveria ser responsabilizado pelas mortes das crianças esquecidas por seus pais nos bancos traseiros dos carros. É ele quem nos proíbe em qualquer circunstância de transportá-las no banco ao lado do motorista, onde jamais seriam esquecidas. Não culpo os pais, que sofrem com a morte dos seus filhos. Como as crianças, eles também são vítimas da incompetência de governo hipócrita que jamais assume suas responsabilidades e obrigações, mas que continua insistindo em nos mostrar como devemos fazer. E isso acontece com tudo nesta democracia, cheia de corruptos impunes e de bem-sucedidos sanguessugas da Nação. Nós, contribuintes, só temos deveres e o governo só direitos. Que democracia é essa? Há um montão de leis absurdas e imorais mostrando que nossa vida não tem valor algum para o governo. Para ele, o que importa é continuar tirando do nosso bolso – também por meio de multas – o que ainda nos resta depois de tanto imposto pago sem termos retorno algum. E ainda fala mal dos militares. Acorda Brasil!
Nilson Martins Altran
São Caetano

Exemplo
Para comemorar os 60 anos da criação do pujante município de Mauá, o governo Donisete Braga agilizou ações que permitiram sair do prelo imperdível livro ilustrado intitulado Viva Mauá. Passeio pelo tempo e pela nossa história, destinado ao público infantojuvenil, que terá a prerrogativa de saber mais sobre os primórdios da pujante Mauá, numa linguagem em quadrinhos que é apropriada para essa faixa etária. Oxalá essa auspiciosa iniciativa instigue os demais municípios do nosso próspero Grande ABC a seguirem o exemplo da atuante municipalidade mauaense, que valoriza e enaltece a memória da cidade! Saudações memorialistas mauaenses!
João Paulo de Oliveira
Diadema

Presidente
Dilma Rousseff fica à vontade ao soltar suas pérolas fora do ambiente nacional, haja vista sua entrevista ao jornal chileno El Mercurio, onde disse que o País não vive crise de corrupção. Eu, pobre dona de casa, preferiria enterrar minha cabeça no solo a sujeitar-me a tal papel, propagando tais absurdos. Em que país a presidente vive? A mancha negra das falcatruas provocadas pelo governo está escancarada em todos os jornais internacionais. O governo que aí está nunca assume seus malfeitos, sempre olha para trás procurando pelo em ovo. O que dizer do ex-presidente Lula? Ele deve ter culpa no cartório, pois fez o possível e o impossível para reeleger a presidente. Com a reeleição, acredito que ele contava com a paralisação das CPIs, fato que não se confirmou. O ego dele não tem tamanho, sendo assim, sempre estará nos bastidores do Planalto, regendo a orquestra com sua batuta, sendo obedecido pelos seus integrantes sem resistência. Qual o grau de intimidação exercido por ele? Aproveitando, gostaria que nos dessem explicações com relação a quanto está orçada a faculdade federal de Santo André, pois sua construção não acaba nunca.
Lúcia Calvitti Rodrigues
Santo André

Tudo a ver
Haddad e a incompetência têm tudo a ver. Quem tiver tempo e verificar as ciclovias vai chegar à conclusão de que alguém deve ter ‘levado algum’. E muito.Isso além de supermalfeito e em ruas sem a mínima condição. Agora, para fazer média com os skatistas, autoriza a usarem as mesmas. Esse cara só pode estar de brincadeira! Não dá para engolir essas ideias. E ainda reclamou do IPTU. Quando assumiu, disse que Dilma Rousseff iria ajudar São Paulo em tudo. Cadê essa ética parceria?Antônio José G. Marques
Capital

Demarchi
Dia 11, após chuva forte à tarde, houve alagamento no bairro Demarchi, mais precisamente na confluência da avenida principal com a Rua dos Feltrins, em São Bernardo. Dia 15, à noite, foi pior: forte correnteza descendo pela referida rua, distribuindo águas barrentas e pedras, invadindo casas, alagando a avenida e travando o trânsito. Na avenida, havia viaturas, carretas e ônibus parados. Normal? Não! Não até abril, quando nesta mesma rua iniciou-se desmatamento de uns 60 mil metros quadrados autorizado pela Cetesb para galpão industrial, e o que se vê é, em parte, pátio de veículos zero que, se movimentando em dias secos, lançam enorme nuvem de poeira. Mais adiante, em área de 116 mil metros quadrados, foi a Prefeitura que autorizou o corte de árvores nativas e lá se vê máquinas em movimentação. Tudo acontecendo sem obras preventivas de contenção de carreamento de solo, taludamento e drenagem pluvial. Com as chuvas, vai tudo rua abaixo! Então, em troca das vastas áreas verdes e qualidade de vida, agora são poeira, alagamentos e lama! Cetesb e Prefeitura são culpadas por esses danos. É duvidoso que haja profissional qualificado nessas administrações que exigisse medidas mitigadoras preventivas para implantação desses empreendimentos! Quanta ineficiência técnica e irresponsabilidade!
José Lenes Sousa Santos
São Bernardo