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Antonio Vargas revelou que os generais das três forças "leram o documento, que temos. Eles queriam ter um poder absoluto e nós (os indígenas) dissemos que nao". "Eles também ambicionavam o poder, uma ditadura militar", assegurou Vargas, que é presidente da poderosa Confederaçao de Nacionalidades Indígenas (Conaie), organizaçao que protagonizou o golpe contra Mahuad.
Por sua vez, o general reformado e ex-ministro da Defesa, Carlos Mendoza, disse que aceitou integrar a Junta de Governo, junto a Vargas e a outro civil, para evitar confrontos armados e buscar uma saída constitucional.
Vargas ratificou a decisao da Conaie e do povo indígena de conversar imediatamente com o novo governo. "Queremos dialogar, mas um diálogo direto de mudanças profundas, os convido e estamos de acordo para discutir temas como a privatizaçao, a dívida externa, a dolarizaçao", declarou.
O líder indígena tem uma ordem de prisao contra ele, emitida pela promotoria, por causa de sua participaçao na revolta que derrubou o governo Mahuad. "Nao fugi. Estou aqui mostrando a cara. Se por lutar contra a corrupçao, a miséria e a fome me levarem para a prisao, eu irei", assegurou.
Vargas pediu à promotoria que nao gaste papéis contra ele "como se fosse um delinqüente". Ele garantiu que os indígenas vao continuar lutando por suas reivindicaçoes, embora admita que estejam dispostos a dar um prazo, que podia ser até de seis meses, para que o novo governo tome atitudes em favor dos indígenas e do povo.
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