No ano passado, as 70 empresas da bolsa tiveram uma lucratividade de US$ 1,745 bilhao, inferior em 46% aos US$ 3,171 bilhoes obtidos em 1998. A diferença é maior ainda se comparada aos US$ 3,813 bilhoes obtidos em 1997. A queda do ano passado foi menor que a pior lucratividade registrada na década: a de 1993, quando foi de US$ 1,924 bilhao.
No relatório, a Fundaçao Capital faz uma análise sombria: "os resultados expostos nao representam todo o panorama produtivo do país, composto por diversas empresas e setores econômicos. Trata-se de um conjunto de empresas de tamanho médio e grande que constituem a parte mais dinâmica do setor privado no mercado de capitais". Ou seja, se estas empresas privilegiadas tiveram baixa rentabilidade, a situaçao da grande maioria das empresas do país, é mais preocupante ainda.
As empresas cotadas na bolsa tiveram um aumento de vendas de 3,4%, o que indica um total de US$ 29,68 bilhoes. Em 1998, as vendas foram de US$ 28,7 bilhoes. Isto indica que no ano passado o índice de crescimento foi um dos menores da década, somente ultrapassado pelo 0,3% de crescimento de 1995, efeito da crise mexicana.
Segundo a Fundaçao Capital, os setores mais atingidos em 1999 foram o automotivo, siderúrgico, têxteis, calçados, papel e petroquímico. O relatório sustenta que de 15 setores econômicos analisados, somente o setor bancário e o de gás tiveram crescimento de suas vendas e lucratividade.
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