Setecidades Titulo Sabina
Filhote de pinguim nasce em Sto.André

Sabina ganha segundo bebê da espécie em cativeiro e primeiro a vir ao mundo neste ano

Camila Galvez
Do Diário do Grande ABC
11/12/2014 | 07:00
Compartilhar notícia
Marina Brandão/DGABC


Está aberta a temporada de nascimentos na Sabina Escola Parque do Conhecimento, em Santo André. Na terça-feira, veio ao mundo o primeiro filhote de pinguim de Magalhães do ano e segundo da espécie a nascer em cativeiro no local. Com apenas um dia de vida, o pequeno posou para as câmeras ontem, sob os cuidados atentos da mamãe Margarida e do papai Humboldt.

A bióloga Caterina Bartalini explica que só será possível saber o sexo do bebê-pinguim após o terceiro mês de vida. “Precisamos fazer exame de sangue para determinar se é fêmea ou macho, então, aguardamos até que ele esteja maior e com mais imunidade.”

No primeiro mês, o pinguinzinho passa a maior parte do tempo sob as asas da mãe ou do pai, que se revezam para aquecê-lo. “Ele só tem uma penugem fina e precisa ficar quentinho. É como um bebê humano: come e dorme a maior parte do tempo.”

As iguarias ingeridas pelo filhote são regurgitadas pela zelosa mamãe no primeiro mês de vida. Depois, ele começa a aprender a comer sozinho os peixes que compõem a dieta dos pinguins. A partir dos três meses, troca a penugem acinzentada por penas e já pode mergulhar com os colegas do Pinguinário da Sabina.

Enquanto esse dia não chega, o filhote tem a companhia quase constante da curiosa Caju, uma das mais jovens do espaço. “Ela até dorme no ninho com a família”, diz Caterina.

A expectativa da veterinária Jéssica Domato, que há três anos estuda a reprodução dos animais em seu mestrado, é que outros filhotes nasçam nos próximos dias. “Os pinguins machos atingem a maturidade sexual por volta dos 6, 7 anos. Já as fêmeas, com 4, 5 anos. Neste ano, os casais botaram 12 ovos, quatro a mais que em 2013.”

Dos oito ovos botados no ano passado, apenas um vingou. Filhota, como foi chamada pelos funcionários da Sabina, completa 1 ano no dia 29.

Para garantir a reprodução dos animais em cativeiro, é preciso ter ambiente ideal. “Além da alimentação, é necessário que eles saibam diferenciar o período de reprodução. Para tanto, as luzes do Pinguinário se adequam à estação do ano: quando é verão, ficam mais intensas e quando é inverno, mais fracas. Assim, o pinguim sabe qual é a época reprodutiva, que acontece entre a primavera e o verão”, destaca a veterinária.

Os pinguins de Magalhães que aportam no Brasil são originários da Patagônia Argentina e vêm para cá em migração para fugir do inverno. Os que chegam à Sabina se perderam do grupo ou se machucaram e ganham ali um novo lar. 




Comentários

Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.


;