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Câmara de Mauá define presidente com suspense na véspera do pleito

Marcelo Oliveira perde força na reta final e pode ver aliança entre Chiquinho e Jacomussi

Raphael Rocha
Do Diário do Grande ABC
09/12/2014 | 07:45
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Montagem/DGABC


O vereador Marcelo Oliveira (PT) passou semanas ratificado como candidato do governo Donisete Braga (PT) à presidência da Câmara de Mauá, mas, horas antes da eleição interna, o jogo pode virar. Insatisfações no bloco aliado – inclusive entre petistas – e articulações de parlamentares de longa data, casos de Chiquinho do Zaíra (PTdoB) e Admir Jacomussi (PRP), podem resultar em reviravolta no pleito marcado para hoje.

Chiquinho tem sob sua articulação o G-11, grupo de vereadores que se uniu justamente buscando o comando do Legislativo. Desde o ano passado, o bloco colocou Edgard Grecco (Pros) como seu candidato. Os 11 votos atuais são insuficientes para eleger Grecco, entretanto, a adesão de mais um vereador garantiria a vitória do G-11.

Nos últimos dias, governistas foram reclamar diretamente com Donisete a respeito do posicionamento de Admir Jacomussi na votação da reforma tributária, que, entre outros pontos, institui a taxa do lixo. O republicano pediu ao Paço a retirada da criação do tributo e, nos bastidores, ameaçou votar contra o projeto considerado vital para as finanças da Prefeitura. Na ótica dos situacionistas, o movimento de Jacomussi favoreceria somente a ele e à oposição, uma vez que ele capitalizaria politicamente ao ter sido contra elaboração de imposto.

Outro ponto contestado por governistas é o fato de Jacomussi se apresentar como nome para ser vice de Marcelo Oliveira na Casa. Aliados de Donisete reclamam do amplo espaço concedido à família Jacomussi – deputado estadual eleito, Atila Jacomussi (PCdoB) comandou a Sama (Saneamento Básico do Município de Mauá) e apresentou Paulo Sérgio Pereira, presidente do PRP municipal, como seu substituto na autarquia.

No meio desta queda de braço, Jacomussi poderia pender para um dos lados e conferir vitória à oposição. Vereadores e servidores mais antigos relembram a eleição interna de 1989, quando Márcio Chaves (PT) tinha certeza do triunfo, mas foi vencido pelo próprio Jacomussi.




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