Economia Titulo Lay-off
Entidade pretende mobilização contra Mercedes
Leone Farias
Do Diário do Grande ABC
03/12/2014 | 07:12
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A decisão da Mercedes-Benz de não renovar o lay-off até 30 de abril para parte dos cerca de 1.000 trabalhadores da fábrica de São Bernardo que estavam com os contratos de trabalho suspensos há cinco meses contraria o que havia sido negociado com o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC e é decisão unilateral que deve gerar alguma atitude da categoria. Essa é a posição da entidade em relação aos telegramas recebidos por empregados suspensos, em que a companhia informava que não haveria a extensão do lay-off e os convocava para que comparecessem ao departamento de Recursos Humanos.

Trabalhadores que preferiram não se identificar disseram à equipe do Diário que estavam sendo coagidos a assinar sua adesão a PDV (Programa de Demissão Voluntária) aberto pela montadora. Contatada pelo Diário, a Mercedes-Benz disse que os afastados estão sendo informados sobre o funcionamento do PDV e que só nos próximos dias será possível fazer balanço da situação desses empregados na empresa.

O sindicato informou ainda que as férias coletivas não impedem que haja conversas com os trabalhadores para que seja feita mobilização. Desde segunda-feira, os funcionários do chão de fábrica da montadora estão em férias coletivas, que vai até dia 4 de janeiro.

Adotada pelo setor tradicionalmente no fim do ano, desta vez a parada na produção começou mais cedo em 2014 para os funcionários da empresa fabricante de caminhões e chassis de ônibus na região, como forma de tentar reduzir estoques e se ajustar à demanda fraca neste ano.

A indústria de caminhões no País amarga queda de 12% nas vendas neste ano. Foram emplacados 123 mil desses veículos nos primeiros 11 meses ante 140 mil no mesmo período de 2013, de acordo com números da Fenabrave (Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores).  




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