Segundo Jacques Debray e William Bourdonon, os dois jovens lhes disseram que foram vítimas de "maus-tratos" como os que sofreram os prisioneiros iraquianos em Abu Ghraib, e contaram terem ficado "diante de mulheres nuas".
"Os franceses falaram em presos do Oriente Médio e, principalmente, da Arábia Saudita obrigados a assistir a filmes pornográficos e interrogados por mulheres seminuas (...) Também contaram que foram obrigados a tomar remédios com efeitos colaterais, como sonolência e erupções cutâneas", disseram os advogados. "Os presos com problemas de saúde graves foram privados de medicamentos", acrescentaram.
"Havia uma lógica de chantagem: eram recompensados com cuidados médicos os que colaboravam com os responsáveis pelos interrogatórios", informaram Debray e Bourdonon.
Antes de serem transferidos para Guantánamo, os dois jovens passaram de duas a três semanas na prisão de Kandahar (Afeganistão), onde "foram submetidos a muita violência e as condições de prisão eram lamentáveis", disseram os advogados.
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