Profissionais alegam falta de diálogo
com Prefeitura em busca de solução
A paralisação de 70 médicos da UPA (Unidade de Pronto Atendimento) Santa Luzia e do Hospital e Maternidade São Lucas, em Ribeirão Pires, entra hoje no quarto dia e segue sem previsão de término. A categoria pede mais disponibilidade de medicamentos nas unidades de Saúde e rápido reabastecimento, além de melhores condições de trabalho. Segundo o Sindmed (Sindicato dos Médicos de Santo André e Região), as reivindicações são feitas desde 2013.
“A greve tem características legais. Fizemos todas as formalidades com a Prefeitura, o Ministério Público. Estamos esperando um retorno da administração. Já tentamos ter alguma conversa para tentar resolver o problema dos médicos de tempos em tempos e até hoje não obtivemos nenhum tipo de resposta da administração municipal”, relata o presidente do Sindmed, Ari Wajsfeld.
Segundo ele, os médicos estão avaliando os casos de risco e priorizando o atendimento de emergências. A determinação geral é que quem precisar fazer exames ou passar por consulta de retorno não será atendido, mas os casos serão avaliados e, se for algo mais sério, o paciente receberá atendimento. Wajsfeld garantiu que a greve só irá acabar quando houver retorno do Executivo sobre as reivindicações da categoria.
A UPA Santa Luzia contava ontem com três clínicos gerais, dois pediatras, um ortopedista e um médico para as emergências. Houve demora no atendimento aos pacientes que procuravam a unidade. “Minha mãe já passou por um médico com quem ela conversou e relatou os sintomas. Agora, ainda estamos esperando para ela ser atendida, mas já faz duas horas que estamos aqui”, reclama a dona de casa Silvana Rocha Neres, 43 anos.
Procurada, a Prefeitura informou que os médicos especialistas com consultas agendadas realizaram atendimento ontem, sendo que somente os plantonistas mantiveram a paralisação parcial, como nos dias anteriores. Em nota, afirmou ainda estar aberta ao diálogo com a categoria e disse aguardar posicionamento do sindicato.
Sobre as reivindicações, destacou que faz constantes investimentos em melhorias estruturais, como aquisição de novos equipamentos e possui, inclusive, contrato com empresa especializada para a realização de manutenção preventiva. “Questões pontuais sobre abastecimento de medicamentos e/ou insumos devem ser reportadas pelas equipes médicas e de enfermagem à administração hospitalar, que trabalha para garantir o necessário para que o atendimento seja realizado”, afirmou ainda a nota.
Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.