Tarso Genro, que perdeu a disputa pela reeleição para o peemedebista José Ivo Sartori, disse também no Twitter que este é o segundo grande passo para reequilibrar as contas do Rio Grande do Sul. "Reduzir as prestações mensais da amortização. Era a proposta para o segundo governo", salientou. E acenou ao seu sucessor: "O próximo governador deve liderar nacionalmente este segundo passo, com energia e força política. Contará com meu apoio." Contudo, adverte que é preciso articulação nacional e diálogo com o governo federal, utilizando "argumentos políticos e técnicos."
Ainda em sua conta no Twitter, Tarso disse que a medida deverá beneficiar todos os Estados, reduzindo proporcionalmente o desencaixe mensal dos cofres públicos. A previsão é que com a manutenção da cláusula de retroatividade, sancionada por Dilma, o Estado do Rio Grande do Sul deverá ter uma redução em sua dívida de cerca de R$ 5 bilhões no período entre janeiro do ano passado e dezembro de 2016.
Prefeitos
O presidente da Frente Nacional de Prefeitos, José Fortunati (PDT), prefeito de Porto Alegre, comemorou a sanção pela presidente Dilma Rousseff do projeto que altera o indexador da dívida de Estados e municípios com a União. "É uma mudança justa pois não há perdão de dívidas, mas a renegociação de indexadores para a realidade atual do País", disse Fortunati.
O projeto foi sancionado com dois vetos, mas manteve a polêmica cláusula da retroatividade, defendida principalmente pelos gestores municipais.
Segundo o presidente da FNP, a sanção do projeto é uma vitória dos municípios e Estados e resultado do trabalho de vários anos dos prefeitos e prefeitas que integram a frente. Eles atuaram ativamente pela aprovação da matéria no Congresso Nacional e junto ao governo federal.
Fortunati lembrou ainda que a alteração dos indexadores das dívidas com a União é o primeiro item da carta da FNP aos candidatos à Presidência da República atendida pelo governo da presidente Dilma Rousseff. "Uma atitude republicana, que demonstra que os prefeitos e prefeitas estão no caminho certo do diálogo por um novo pacto federativo", destacou.
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