Na iminência de perder sua sede social por conta da lei de municipalização dos clubes, o São Caetano tentou viabilizar a ida para Barueri e não foi feliz. A prefeitura da cidade recusou a sondagem feita pela agremiação, há cerca de 20 dias, segundo o secretário de esportes do município da Grande São Paulo, José Calil.
"Ligaram para mim e para o prefeito e dissemos que não temos o interesse de fazer uma cogestão. Barueri quer ter seu próprio time. Eles (dirigentes do São Caetano) não querem largar o futebol, querem mudar de cidade", disse o secretário, sem citar quem do Azulão teria telefonado para ele e para o prefeito Rubens Furlan. "Foram pessoas ligadas ao clube", completou.
Segundo Calil, Barueri não quer correr o risco de perder outro time. No Paulistão deste ano, o então Barueri foi para Presidente Prudente e disputa o Brasileirão como Grêmio Prudente.
Ainda de acordo com Calil, o Guaratinguetá também se ofereceu para colocar sua equipe na cidade. "Eles falaram com a gente logo após a saída do time daqui, mas as conversas não avançaram."
O atual Barueri disputa a Copa Paulista e está na Série A-3 do Estadual.
O presidente do Azulão, Nairo Ferreira de Souza, negou que o clube tenha sondado a possibilidade de ir para Barueri. "Desconheço isso. Tivemos algumas propostas de outras cidades, mas não falamos com Barueri. O São Caetano nasceu na cidade e não temos a intenção de tirá-lo daqui. A cidade gosta do São Caetano. Não nos passa pela cabeça sair daqui. Isso só aconteceria se um dia nos tirassem o campo (Estádio Anacleto Campanella)", afirmou o dirigente.
Nairo não quis adiantar as cidades que teriam oferecido abrigo ao Azulão. No entanto, o Diário apurou que uma seria Guarujá e a outra Diadema.
Pela lei de municipalização aprovada em junho, a Prefeitura pretende retomar os clubes ocupados que estão sob o regime de comodato - é o caso da AD São Caetano -, recuperá-los e colocá-los à disposição dos munícipes.
A Prefeitura só aguarda a desocupação do espaço para recuperar as piscinas e outras áreas do clube, que conta hoje com 4.221 sócios, segundo Nairo.
Em busca do milagre, time desafia o Guará no Interior
Com chances remotas de conquistar o acesso - apenas 1%, segundo o matemático Tristão Garcia -, o São Caetano corre atrás de um milagre e tenta sua última cartada na Série B do Brasileiro no confronto de hoje, às 21h, diante do Guaratinguetá fora de casa.
Após a derrota para a Portuguesa terça-feira, o Azulão viu diminuir suas chances de voltar à elite. Ao time resta agora algo histórico para manter vivo o sonho - vencer os oito jogos restantes. Assim, chegaria à pontuação imaginada pelo técnico Toninho Cecílio, algo entre 62 e 65 pontos, para subir. Neste contexto, a equipe, que soma 40 pontos (está em 11º), chegaria a 64.
"Não vejo como última cartada. É um jogo mais importante do que o da Portuguesa porque agora é temos um a menos e jogamos fora. Mesmo que a distância (para o Bahia, quarto com 52) aumente para 15, ainda haverá a chance matemática. Ainda ocorrerão muitos confrontos diretos e um vai tirar ponto do outro entre os líderes", analisou Cecílio.
Embora reconheça as dificuldades, o técnico volta no tempo para injetar ânimo no grupo. "É difícil, mas não impossível vencermos oito jogos. No Grêmio Prudente, venci oito de nove e fomos às semifinais do Paulistão", lembrou.
O Azulão não contará com o zagueiro Gian, suspenso, e o meia Ailton, com dores na coxa direita. O zagueiro Marcelo Batatais e os meias Roger e Everton Ribeiro ainda se recuperam de contusão e também não atuam. Henrique Dias e Luciano Mandi voltam de suspensão.
O Guaratinguetá, que a exemplo do Azulão não vence há cinco jogos, tem sido hostilizado por usa torcida porque anunciou que vai se transferir para Americana.
Toninho Cecílio não vê o episódio como algo que possa ser favorável ao Azulão. "Não posso preparar minha equipe pensando no extra-campo. Temos de encarar o jogo como uma decisão." (Marco Borba)
A equipe do Interior, que estreará o técnico Edinho, também terá desfalques, entre eles o atacante Lúcio Flávio, contundido.
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