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MP investiga venda indevida de açoes da Telern
Do Diário do Grande ABC
08/12/1999 | 15:57
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O Ministério Público (MP) do Rio Grande do Norte investiga a denúncia da Secretaria de Finanças da prefeitura de Natal de que, em novembro de 1996, o entao prefeito, engenheiro Aldo Tinôco Filho, teria vendido indevidamente açoes da antiga Telern, companhia telefônica do Estado, sem motivos que justificassem o negócio.

As açoes foram vendidas por R$ 280,7 mil. O negócio foi realizado pela corretora Prevbank, do Rio. Se o caso se transformar em processo cível, Tinôco Filho poderá ter os direitos políticos cassados por um período entre três e oito anos e pagar multa em dinheiro em até três vezes o valor da venda. De acordo com o relatório enviado pela Secretaria de Finanças, Tinôco Filho teria autorizado a contrataçao da Prevbank para vender açoes da Telern pertencentes à prefeitura. Do total de R$ 280,7 mil referentes à venda das açoes, só entraram nos cofres do município R$ 252,6 mil. O MP quer saber onde foram parar os R$ 28,1 mil restantes.

O ex-procurador-geral do município Otacílio Bocaiúva, que enviou a denúncia ao MP, disse que o principal ato falho na transaçao é que nao há "interesse público" na venda. "Nao foi informada à sociedade a qual pertencia as açoes o interesse da venda e a destinaçao dos recursos", acrescenta.

Tinôco Filho, que está em Brasília, declarou que nao se recorda da venda das açoes. "A venda foi realizada sob orientaçao de um contador de nome Joao Maria." No pleito de 1998, o ex-prefeito tentou, sem sucesso, uma vaga na Câmara Federal, tendo pouco mais de 5 mil votos.




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