O grupo agia principalmente em Valença, no Sul Fluminense. Segundo a denúncia do MP-RJ, a quadrilha "recrutava" pessoas para vir ao Rio, em Acari, na zona norte da cidade, onde as drogas eram compradas e depois revendidas no interior. O PM preso, Vinícius Taurian Gasiglia Palmeira, prestava serviços para a quadrilha e era lotado no batalhão de Valença.
O grupo faz parte da facção fluminense Terceiro Comando Puro, uma dissidência do Terceiro Comando, facção que perdeu força no Rio nas últimas décadas, até praticamente se extinguir nos anos 2000. A quadrilha, de acordo com a denúncia, teria ligação com o Primeiro Comando da Capital (PCC). A conexão, entretanto, é citada no documento apenas como uma "possível parceria" apontada pelo serviço de Inteligência.
Participaram da "Operação Conexão Coroados" 620 policiais militares e 80 agentes da Coordenadoria de Segurança e Inteligência do MP-RJ. A operação foi realizada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do MP-RJ e a Coordenadoria de Inteligência da PM. Apesar da quantidade de agentes e de prisões, a apreensão não foi grande: somente duas armas (um revólver e uma pistola), munição e 16 "sacolés" de cocaína, além de quantidade não revelada de dinheiro. Outra quantidade de maconha e droga, segundo o MP-RJ, já havia sido apreendida durante as investigações que levaram à operação.
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