O advogado teria ferido a ética da profissão ao declarar que inventou a cobrança de propina a Belo, dizendo que o dinheiro seria destinado a delegados do Rio, para pressioná-lo a pagar seus honorários.

No domingo, o advogado Alberto Louvera divulgou uma fita em que Guerra pede ao cantor dinheiro para supostamente subornar policiais do Rio para livrá-lo da acusação de associação com o tráfico de drogas. Segundo o diálogo gravado, a propina seria de um total de R$ 300 mil distribuídos entre os delegados Álvaro Lins, ex-chefe de Polícia Civil do Rio, e Ricardo Hallack, diretor da Delegacia de Repressão ao Crime Organizado (Draco) e responsável pela investigação.

De acordo com o presidente da OAB do Rio, Octávio Gomes, Guerra terá um prazo de 15 dias para apresentar sua defesa e poderá ser suspenso previamente por 90 dias. Caso não compareça ao depoimento, o advogado será julgado à revelia. O processo será analisado pela ordem entre 90 e 120 dias e será julgado pelo Tribunal de Ética do órgão.

Belo está foragido desde quarta-feira (29), quando teve a prisão preventiva decretada pela juíza 34ª Vara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio, Rute Lins Viana. A prisão foi decretada com base em laudo do perito Ricardo Molina, da Unicamp, que afirma que é do artista a voz que aparece nas gravações de diálogos com o traficante Valdir Ferreira, conhecido como Vado.