Seis dos sete prefeitos do Grande ABC depositaram o voto na presidente Dilma Rousseff (PT) ontem, alegando que a vitória da petista representa garantia de que recursos do governo federal, previamente acertados, vão custear obras estruturantes. Apostando na eleição do presidenciável do PSDB, senador Aécio Neves, o chefe do Executivo de Diadema, Lauro Michels (PV), justificou a escolha por “desconfiar” de perseguição política do PT com sua gestão. 

O prefeito de Santo André, Carlos Grana (PT), votou pela manhã, na EE Rener Caram, na Vila Palmares, acompanhado da ministra do Planejamento, Orçamento e Gestão, Miriam Belchior (PT), e reforçou a continuidade de projetos em parceria com Dilma. “O Brasil saiu do mapa da fome. Esse caminho deve continuar.”

Chefe da Prefeitura de São Bernardo, Luiz Marinho (PT) confirmou o voto na EE Carlos Pezzolo e pediu respeito ao resultado do processo democrático. “É mentalidade que foi vista desde JK (ex-presidente Juscelino Kubitschek), com o (ex-presidente) Getúlio (Vargas) de não aceitar o processo democrático e muitas vezes tentam evitar que o povo exerça direito de escolha.”

Gestor de São Caetano, Paulo Pinheiro (PMDB) foi às 13h30 na EE Idalina Macedo Costa Sodré e evitou falar com a equipe do Diário, mas já havia declarado que votaria em Dilma. 

Com camiseta de Dilma, o prefeito de Mauá, Donisete Braga (PT), votou na EE Maria Helena Colônia, no Parque das Américas, e destacou dependência financeira com a União. “Temos diversos projetos que estão em fase final da liberação da verba e mudança no poder neste momento pode significar o atraso.”

Prefeito de Ribeirão Pires, Saulo Benivides (PMDB) confirmou o sufrágio no Sesi da cidade e disse temer fuga de recursos caso Aécio seja eleito. “Normalmente, se mudar o presidente, suspendem os recursos que vão para cidades e Estados.” 

Tucano, o prefeito de Rio Grande da Serra, Gabriel Maranhão, endossou a preferência pela petista. “Reforço meu voto de confiança e saio feliz sabendo que quem vai ganhar é a minha cidade.”

Na EE Filinto Muller, Lauro afirmou ter votado em Aécio com esperança de receber mais investimentos. “Há demora na liberação de contratos. Quando libera, pede um monte de coisa que não pediu antes e não sei o porquê de estarem pedindo agora. A gente fica desconfiado de perseguição.” 

(Colaboraram Anderson Fattori, Felipe Simões, Júnior Carvalho, Luís Felipe Soares, Natália Fernandjes e Renato Gerbelli)