Segundo o titular da Delegacia de Investigações de Homicídios, Murilo Polati, ao chegar ao Núcleo de Custódia, o vigilante começou a gritar que tinha vontade de matar alguém por lá e foi rechaçado pelos presos, que também o ameaçaram. O episódio ocorreu logo depois que Rocha agrediu um fotógrafo que fazia a cobertura da transferência dele. O comportamento agressivo do rapaz foi interpretado por Polati como tentativa de se afirmar, "mostrar poder lá dentro", mas a retaliação dos presos fez com que Rocha ficasse quieto, segundo relato de agentes prisionais ao delegado.
O vigilante está sozinho em uma cela e não faz nenhuma atividade junto com os demais detentos. A cela tem cerca de dez metros quadrados, com chuveiro, vaso sanitário e pia. Ele tem direito a banho de sol diário e poderá receber visitas nos fins de semana.
Sobre a mudança no depoimento, o delegado explicou que isso aconteceu por orientação da nova defesa do vigilante. O novo interrogatório foi acompanhado pelas advogadas que a família de Tiago contratou nesta semana e que assumiram a causa afirmando que ele foi coagido a confessar 39 homicídios, quando seria o autor de um número menor de mortes.
Desistência
A Polícia Civil desistiu de encaminhar o vigilante para que o psicólogo forense da Polícia Científica de Goiás Leonardo Faria realizasse o exame de sanidade mental. A análise será feita por equipe multidisciplinar convocada pela Justiça. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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