Muitos consumidores buscam ter o que há de mais novo na área tecnológica e é por isso que os notebooks são itens que se tornaram indispensáveis na casa de milhões de brasileiros. No entanto, na hora da compra do equipamento, surge a dúvida sobre qual modelo é o ideal para atender as necessidades de cada um. Não raro as pessoas compram aparelhos que têm memória de menos e, mesmo com pouco tempo de uso, eles se tornam lentos. Pensando nisso, a equipe do Diário preparou, com o auxílio de especialistas, três perfis, o básico, o intermediário e o avançado, e levantou o que é imprescindível para cada um deles.

O diretor do projeto APL (Arranjo Produtivo Local) de Tecnologia da Informação de São Caetano, Renato Grau, defende que o primeiro passo, antes de colocar a mão no bolso, é definir qual será a aplicação do notebook em seu cotidiano, de acordo com o seu modo de vida. Se para lazer, para trabalho, ou para ambos. Vale, ainda, avaliar se o ideal é adquirir esse tipo de equipamento, ou outro. “Hoje, o consumidor não deve pensar em apenas um tipo de aparelho, já que existe grande diversidade de tablets, notebooks e smartphones, enfim, uma infinidade de opções”, ressalta.

PERFIS - Para o professor de Ciência da Computação do Centro Universitário da FEI (Fundação Educacional Inaciana) Guilherme Alberto Wacks, é possível classificar o usuário e apontar o que é indispensável para seu uso. O ponto de partida é a memória RAM, que é o item principal a ser observado. “Os gibabytes de memória fazem a comunicação entre o HD, responsável pelo armazenamento (de fotos e textos, por exemplo), e o processador, que cuidará da velocidade. No entanto, só um processador bom não basta. Quanto maior a memória RAM, mais rápido será o computador”, explica.

O perfil de entrada, o básico, atende aquele consumidor que utiliza mais a internet e programas de editoração de texto, além de armazenar poucas fotos, e que não usa vários programas ao mesmo tempo. “Ele deve pensar em um computador com dois a quatro gigas de memória e um HD de 100 a 200 gigas”, orienta Wacks.

Já para aquela pessoa que usa a web, programas de texto e também tem o costume de baixar muitas fotos no computador e, de quebra, utiliza Photoshop – além de abrir várias janelas ao mesmo tempo –, ou seja, o usuário intermediário, o mais indicado são seis gigas de memória e de 300 a 500 gigas de HD.

O perfil avançado, que contempla aquele que utiliza o computador para trabalhar e manuseia programas de editoração gráfica, faz desenhos técnicos em 3D e realiza a edição de vídeos, ou faz uso para jogar games, por exemplo, é importante optar por memória de oito gigas e HD acima de 500 gigas ou, ainda, um tipo que é um pouco mais caro, mas tem desempenho melhor por ter memória eletrônica, que é o HD SSD, que chega a um terabyte (1.000 gigas).

VALORES - O professor de Engenharia da Computação do IMT (Instituto Mauá de Tecnologia), João Carlos Lopes Fernandes, classifica modelos com telas de 15 polegadas por faixas de preços de acordo com os perfis de usuários.

Para ele, o básico, que deve ter processador Intel Core I3, atende aquele consumidor mais simples e tem preços que vão de R$ 800 a R$ 1.200. O intermediário é vendido por valores entre R$ 1.500 e R$ 2.100, com processador Intel Core I5. O avançado, por sua vez, reúne os equipamentos mais evoluídos tecnologicamente, com custos entre R$ 2.400 e R$ 3.500 e Intel Core I7.

Fernandes aconselha, na hora de comprar esses produtos, que o consumidor procure por marcas conhecidas pelo público, já que a placa mãe do computador exige melhor qualidade.

(Colaborou Soraia Abreu Pedrozo)