No fim da semana passada, a Ford passou a vender o novo Ka+, a configuração sedã do modelo, que entra no lugar do Fiesta Sedan Rocam e parte de R$ 37.890 na versão SE 1.0 – com motor 1.5, não sai por menos de R$ 42.890. Mas o papo aqui é o hatch. Comercializado desde setembro, o compacto agora teve sua gama aumentada pela marca e passa a vir também com o bloco de 1,5 litro. No total são três versões de acabamento, cujos valores vão de R$ 40.390 a R$ 44.990.

Ao contrário do que muitos pensam, a Ford não teme canibalizar as vendas do New Fiesta (que parte de R$ 42.990, também com motor 1.5 Sigma) pois, com ambos os modelos no portfólio, “mantém a competitividade dentro de casa”, como frisa o gerente de produtos da marca, André Leite.

MOTOR
Se já era bom 1.0, o Ka com o 1.5 ficou melhor ainda. Mais moderno e com qualidades como comando duplo de válvulas e Easy-Start (elimina a necessidade de tanquinho de partida a frio) o novo propulsor – que gera até 110 cv e quase 15 quilos de torque – deu fôlego extra ao Ka. Só sofre um pouco em ladeiras íngremes, mas nada que a redução de uma relação de marcha não resolva. Aliás, a precisão do câmbio manual de cinco velocidades continua sendo um dos maiores méritos deste compacto.

E ultimamente não adianta ser potente, é necessário também ter bom consumo. Com nota ‘A’ na avaliação do Inmetro/Conpet, o hatchback roda até 13,6 quilômetros com um litro de combustível, de acordo com as medições. Dados com gasolina e ambiente rodoviário. Vale frisar que na avaliação do Diário – que testou o carro por três dias – o consumo combinado quase encostou nos 9,5 km/l. Nada mau.

Além do gás e da eficiência energética, o silêncio e precisão também agradam. Mesmo a 120 km/h, o ponteiro do conta-giros não passa dos 3.000 rpm.

LISTA
A lista de equipamentos segue a cartilha da configuração 1.0. Freios ABS com distribuição eletrônica da força de frenagem, sistema de estabilidade e tração e assistente de partida em rampa estão na lista de série. Nas versões mais caras, sistema Sync com App Link e assistência de emergência – que, em caso de acidentes, chama o Samu automaticamente, basta que o celular de um dos ocupantes esteja pareado com o bluetooth do carro.

Agora, a Ford acrescentou à lista de acessórios os retrovisores com comando elétrico. Sim, o item só é oferecido à parte.

O target é vender 10 mil unidades por mês (ambas as configurações) com um mix de 30% para a novidade, visto que os compradores de modelos de entrada ainda preferem a motorização menor.