Economia Titulo Retorno
Trabalhadores da Volks em lay-off voltam à fábrica

Existe a possibilidade de a empresa suspender contrato de outro grupo de funcionários

Leone Farias
Do Diário do Grande ABC
21/10/2014 | 07:26
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Os cerca de 780 trabalhadores da fábrica Anchieta da Volkswagen que estavam há cinco meses em lay-off, ou seja, que tiveram seus contratos de trabalho suspensos temporariamente, retornaram ontem à atividade. Eles ficaram nesse período em casa, recebendo parte dos salários da empresa com a complementação de recursos do FAT (Fundo de Amparo ao Trabalhador).

Parte deles, cerca de 250, vai atuar em área de logística que acabou de ser desterceirizada (em que havia mão de obra de outras empresas) enquanto o restante, aos poucos, será alocado em outros setores da planta fabril, segundo o secretário-geral do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, Wagner Santana, o Wagnão. A montadora preferiu não comentar sobre a volta desse pessoal.
Wagnão afirmou ainda que a Volkswagen pode colocar outro grupo de trabalhadores da unidade de São Bernardo em lay-off. “Mas não há nada definido”, disse.

Há poucos dias, o presidente da Volkswagen do Brasil, Thomas Schmall, confirmou que existe essa possibilidade, mas ele assinalou que gostaria que houvesse mudança na legislação, para que essa suspensão fosse estendida de cinco meses para dois anos, como é praticado na Alemanha. No modelo alemão, todos os trabalhadores, em período de crise, continuam em atividade, mas têm a jornada e o salário reduzidos. A empresa banca parte do valor equivalente às horas reduzidas, o governo, outra e, o empregado, arcaria de forma indireta com pequena parcela, ao ter seu rendimento achatado.

Hoje, o primeiro turno da fábrica Anchieta terá a produção interrompida. A montadora informa que o day-off se deve à falta de peças na linha de produção.

CAMPANHA - Ontem mais 13 empresas aceitaram a reivindicação do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC e fecharam acordo salarial para pagar 8% de reajuste (reposição pela inflação, mais ganho real de 1,56%). Entre as que aderiram estão Narita, Quasar e Cabomat – nesta última os funcionários fizeram paralisação, na sexta-feira, durante três horas. Com essas, já são 364 que têm entendimento com a entidade sindical.

Contando com os empregados das montadoras, que já têm acordos salariais firmados, a adesão ao reajuste de 8% alcança 70 mil trabalhadores, 73% do total da base, formada por 96 mil.  




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