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Orientação profissional visa projeto de vida do aluno

Escolha da carreira do jovem não deve se atentar apenas a curso universitário adequado

Natália Fernandjes
21/10/2014 | 07:00
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O período de escolha da faculdade a ser cursada pelos jovens do Ensino Médio nem sempre é algo simples. Esta etapa da vida é geralmente cercada por dúvidas e medo, tendo em vista a pressão para não errar num período em que se é muito jovem. Como auxílio para saber quais rumos tomar e diminuir as chances de frustração, o adolescente tem à disposição a orientação profissional. Mais que testes para descobrir em qual curso ingressar, a ferramenta permite elaboração de projeto de vida e carreira.

Também conhecida como orientação vocacional, a prática de criar condições para que as pessoas possam desenvolver suas capacidades da melhor maneira é definida pelo coordenador do curso de Psicologia da Anhanguera, Luís Sérgio Sardinha, como uma sensibilização para os interesses profissionais visíveis. “A palavra vocação passa a ideia de que a pessoa só pode fazer uma coisa e, quando não dá certo, ela fica frustrada. Hoje preferimos falar da multidisciplinaridade de papéis.”

A professora de Psicologia da Educação da Fundação Santo André Ivete Pellegrino destaca que muitos dos que entram numa faculdade e desistem não foram orientados adequadamente e não amadureceram a ideia de carreira desejada. “Não basta analisar qual o melhor curso para o aluno, mas qual a motivação, qual a perspectiva do jovem. A orientação ajuda a pessoa a definir seu projeto de vida”, comenta.

Conforme a professora, a escolha de uma faculdade pode ser apenas o ponto de partida para a montagem de uma carreira profissional. “É possível combinar faculdades como Medicina e Direito, por exemplo. Muitas vezes o jovem faz a primeira graduação e sente a necessidade de completar o conhecimento. Tudo vai depender do objetivo”, destaca.

Na visão de Sardinha, apesar de parecer simplista, o jovem tem de pensar em ser feliz. Por isso, precisa de espaço onde possa se conscientizar sobre questões como: o que é o ser humano, qual é a realidade que o cerca e qual papel ele ocupa na sociedade atual. “Na maior parte das vezes, o adolescente é imediatista e quer focar no sucesso financeiro, mas sabemos que essas questões podem ser mais facilmente atingidas quando bem direcionadas.”

Conversa com professor ou coordenador pode ajudar

Na hora de sair por aí caçando um orientador profissional para tirar dúvidas, o jovem deve olhar primeiramente para o interior da escola. Dentro do ambiente didático, o adolescente pode procurar a ajuda de professores e coordenadores, geralmente preparados para a função. Caso a conversa precise ser estendida, o assunto também pode pautar uma consulta com psicólogo ou com profissionais especializados nessa área que atuam no mercado.

Para o doutor em Educação pela Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) especializado em orientação profissional Silvio Duarte Bock, as escolas ainda fazem pouco para auxiliar os jovens nesta fase da vida. “O que vemos é a realização de feiras e eventos para apresentar as profissões, muitas vezes organizadas pelo mercado”, afirma.

O especialista lembra que o aluno pode procurar também serviços públicos de orientação. O que não pode é ficar acomodado sem se informar, garante Bock. 




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