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Jovem morto em balada é enterrado em Santo André

Familiares e amigos de Rafael Mendes Caetano, 23, destacaram desejo por justiça; ele foi espancado e atirado de mezanino na sexta-feira

Natália Fernandjes
do Diário do Grande ABC
16/10/2014 | 07:07
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André Henriques/DGABC


Familiares e amigos se despediram do técnico em rádio e TV Rafael Mendes Caetano, 23 anos, na manhã de ontem. O jovem, morto na sexta-feira em casa noturna de Mauá, foi enterrado no Cemitério Memorial Jardim Santo André, na Vila Humaitá.

Durante a cerimônia, que sucedeu o velório do corpo durante a terça-feira e madrugada de ontem, a mãe do jovem, Maria José Mendes, 48, passou mal, desmaiou e precisou ser socorrida pelo outro filho, Thiago Mendes Caetano, 27. Após ser medicada, ela foi liberada para ir para casa.

Além do clima forte de comoção, o sentimento de revolta e de busca por justiça estava presente. Nas proximidades da sala de velório foram pendurados cartazes com frases do tipo “Vai deixar saudade”, “Primeira igualdade é a justiça” e “Um anjo a mais no céu”.

Rafael foi espancado e atirado do mezanino da casa noturna El Cuervo, na madrugada de sexta-feira. A confusão teria acontecido após o jovem ter oferecido bebida a um grupo de desconhecidos que estavam sentados em mesa ao lado. Os indivíduos teriam se irritado por terem sido chamados de “parça” e partido para as agressões com socos e coronhadas. A vítima foi internada com traumatismo craniano grave e morreu na segunda-feira.

A Justiça decretou a prisão temporária de quatro pessoas suspeitas de terem participado da morte do jovem na terça-feira. Entre os presos, três são policiais militares e o outro é um homem de 28 anos que não teve a identidade revelada. Outros cinco policiais estão recolhidos administrativamente na Corregedoria da PM (Polícia Militar), no bairro da Luz, na Capital.

“Queremos justiça. Eles (policiais) não podem continuar matando as pessoas desse jeito. Eles têm de pagar. Ele era só um menino”, revolta-se a prima da vítima, Andressa Mendes.

Para o metalúrgico Leandro Teodoro da Silva, que estava com o amigo no momento do crime, cabe à família aguardar que o desfecho do caso seja justo. “Os policiais têm que pagar para que isso não aconteça com mais ninguém, já que nada vai trazer o Rafael de volta”, lamenta.

O amigo lembra ainda que o crime foi motivado por uma banalidade. “Ele só queria comemorar o emprego novo. Tinha a vida toda pela frente”, diz.

Outra amiga da vítima, a jovem Taís Liviero da Cruz lembrou que pouco antes de ir para a casa noturna, Rafael enviou uma mensagem de voz no celular dizendo que aquela noite também seria uma despedida. “Ele era uma ótima pessoa. Com um coração muito bom. Ele estava com planos de se casar”, garantiu. 




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