Economia Titulo Na ponta do lápis
É possível
presentear crianças
com até R$ 50

Especialista sugere produtos por idade; Diário
percorre comércios no Centro e garimpa opções

Por Daniel Macário
Especial para o Diário
10/10/2014 | 07:30
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André Henriques/DGABC


Prestes a celebrar o Dia das Crianças, no domingo, muitos pais e avós ainda não sabem o que comprar para seus filhos e netos. A indecisão se deve tanto às inúmeras opções disponibilizadas pelo varejo quanto aos salgados preços dos brinquedos nas prateleiras. Em tempos de economia na marcha lenta, em que o consumidor não quer gastar muito, a equipe do Diário percorreu o comércio popular da Rua Marechal Deodoro, em São Bernardo, e do calçadão da Rua Coronel Oliveira Lima, em Santo André, e garimpou sugestões de presentes de até R$ 50 para agradar meninos e meninas que aguardam ansiosamente pela data.

Esse valor está dentro do tíquete médio de R$ 150 que 71% dos consumidores do Grande ABC afirmaram estar dispostos a desembolsar neste ano, segundo a PIC (Pesquisa de Intenção de Compra) divulgada pelo Observatório Econômico da Universidade Metodista de São Paulo no fim de setembro.

A coordenadora do Núcleo de Cultura e Pesquisas do Brincar da PUC-SP (Pontifícia Universidade Católica de São Paulo), Maria Angela Barbato Carneiro, sugere que os brinquedos escolhidos fortaleçam e contribuam para a interação dos pequenos com o seu redor, deixando de lado um pouco os eletrônicos. “Vivemos uma realidade na qual as crianças estão mais individualistas, então é ideal que os pais pensem em brinquedos que envolvam mais pessoas e, ao mesmo tempo, estimulem o desenvolvimento infantil”, relata.

Carrinho, bonecas, fantasia ou jogo de tabuleiro. A escolha pode ser difícil, mas, antes de decidir qual será o próximo brinquedo do seu filho, comece pelo básico: observe a faixa etária indicada na embalagem. Neste momento, é importante seguir a idade adequada do brinquedo para ir de acordo com a capacidade motora e psicológica que a criança desenvolve ao longo da infância.

Visando não proporcionar risco à saúde dos bebês de até um ano, é possível presentear os pequenos com mordedores personalizados no valor de R$ 19,99 ou com Chocalho da Galinha Pintadinha por R$ 23,90, ambos encontrados na loja Mais Valdir, em Santo André. Outra opção do estabelecimento é o Controle Remoto Divertido, que possui teclas coloridas e emite sons (R$ 29,90).

Na faixa etária de crianças de 1 a 5 anos a especialista indica brinquedos que ajudem no movimento dos pequenos. “É importante dar objetos que estimulem a coordenação motora, algo que eles possam colocar peças dentro ou até mesmo jogos”.

Na loja Miamor de Santo André a equipe identificou para as meninas um minigame com relógio da Barbie ou da Monster High por R$ 19,90. Já para os meninos, os pais podem optar pelo Truck Tora – Madeira de Reflorestamento por R$ 26,90, o brinquedo serve como um guindaste para carregar e descarregar o caminhão com árvores.

A fase de início do Ensino Fundamental sugere produtos que incitem a colaboração e competição entre as crianças. Pensando nisso, é possível presentear os pequenos nessa faixa etária (7 a 9 anos) com a tradicional mesa de futebol de botão, encontrada na loja Nivalmix de São Bernardo por R$ 34,90.

Já para crianças acima de 10 anos o ideal é presenteá-las com brinquedos que façam estímulos ao raciocínio, tais como: Torre de Copo (a partir de R$ 44,90), Cubo Mágico (R$ 49,99), Jogo dos Dardos (R$ 25,99), todos produtos encontrados na loja Mais Valdir de em Santo André.


Preço de brinquedo varia até 19,37% no Grande ABC

Levantamento feito no comércio popular da Rua Marechal Deodoro, em São Bernardo, e no calçadão da Rua Coronel Oliveira Lima, em Santo André, constatou que o preço de brinquedos da região pode variar até 19,37%. Os municípios estão entre os três locais preferidos para a compra do Dia das Crianças do Grande ABC, segundo a PIC (Pesquisa de Intenção de Compra) divulgada no fim de setembro pelo Observatório Econômico da Universidade Metodista de São Paulo.

A maior diferença encontrada foi no brinquedo Cai não Cai da marca Estrela. Enquanto na unidade da Nivalmix de São Bernardo o produto sai por R$ 54,90, na loja Miamor, de Santo André, é possível encontrar a peça por R$ 45,99.

Outro produto da marca Estrela que apresenta diferença de preços é o jogo de batalha Combate. O produto encontrado na Lojas Americanas por R$ 44,90 pode ser comprado na Miamor por R$ 39,90.


Confira dicas para não errar na compra

O que fazer com brinquedo ou presente que apresentou defeito? Como proceder para fazer a troca o mais rápido possível para não perder os prazos legais? Visando o esclarecimento dessas e demais dúvidas, todos os anos órgãos de defesa do consumidor no período de véspera do Dia das Crianças buscam divulgar orientações sobre possíveis situações na hora de adquirir algum brinquedo.

Supervisora da equipe de pesquisas do Procon-SP, Monica Leotta dá orientações que devem ser tomadas antes de efetuar a compra do presente do pequeno.

“Antes de qualquer coisa, é preciso que os consumidores se certifiquem das informações da embalagem. Os produtos devem trazer informações claras e em Língua Portuguesa sobre suas características: conteúdo da embalagem, instruções de uso e montagem, faixa etária, preço e garantia, além do selo de certificação do Inmetro (Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia)”, alerta Monica.

Além disso, a especialista ressalta que em embalagens de produtos vindos do Exterior são necessárias a identificação do fabricante ou do importador e informações sobre eventuais riscos que possam apresentar às crianças.

Em casos de qualquer defeito que o produto venha a apresentar, Monica esclarece que “o fabricante, ou na falta deste, o comerciante, tem até 30 dias para reparar e entregar o brinquedo em perfeitas condições. “Se o problema não for solucionado dentro do prazo, o consumidor pode escolher entre a troca do produto, o abatimento do preço, ou ter seu dinheiro de volta.”

O direito de arrependimento, no qual o consumidor pode desistir da compra em até sete dias, só é válido para compras por telefone e internet. O cancelamento deve ser feito sempre por escrito, mas pode ser realizado também pelos canais de atendimento disponibilizados pelo fornecedor. Neste caso, é importante guardar números de protocolos, nome de atendentes, data e horário do contato.

Além disso, a especialista orienta que seja exigida a nota fiscal, que deve ser guardada para eventuais necessidades.
 




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