O dia de votação do ex-ministro da Saúde Alexandre Padilha (PT) simbolizou toda sua campanha ao governo do Estado. Pela manhã, organizou café com lideranças do PT, no Hotel Bristol, no Centro da Capital. A atividade, porém, não contou com os caciques do petismo de São Paulo, como o prefeito Fernando Haddad, a ex-prefeita e ministra da Cultura, Marta Suplicy, e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

O senador Eduardo Suplicy (PT) foi o único a acompanhar Padilha até o fim do trajeto, além do seu candidato a vice, Nivaldo Santana (PCdoB), e da mulher, Thassia.

Padilha concedeu entrevista ao lado dos presidentes nacional e estadual do PT, Rui Falcão e Emidio de Souza, respectivamente, do ministro-chefe da Casa Civil, Aloizio Mercadante, e do prefeito de São Bernardo e coordenador das campanhas do PT em São Paulo, Luiz Marinho. Mesmo com resultados longe de serem divulgados, o clima já era de frustração. Àquela altura, as pesquisas de boca de urna já indicavam triunfo do governador Geraldo Alckmin (PSDB) no primeiro turno.

O ex-ministro agradeceu o empenho dos correligionários e se queixou, segundo ele, da falta da discussão dos problemas enfrentados pelo atual governo, como as denúncias no Metrô e a crise hídrica.

“Além do volume morto (do Sistema Cantareira) tivemos o debate morto. Não conseguimos discutir os problemas de São Paulo porque a eleição ficou polarizada na disputa nacional”, analisou.

Padilha só encontrou Lula em São Bernardo, onde o petista acompanhou o ex-presidente na votação. Depois, foi para sua residência, passar a tarde com familiares e acompanhar o início da apuração.