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Novos e mais desafios para o RH

À medida que o cenário econômico piora, ganhar produtividade se torna tarefa crucial para as empresas

Do Diário do Grande ABC
03/10/2014 | 08:52
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Artigo

À medida que o cenário econômico piora, ganhar produtividade se torna tarefa crucial para as empresas. Para isso, é necessário algo que é cada vez mais raro no País: profissionais capacitados e engajados. A queda da atividade econômica e suposto quadro de emprego pleno geraram efeito curioso: há pouca procura por trabalho. Simultaneamente, grande parte da mão de obra disponível é despreparada. Somados, esses fatores tornam o papel do profissional de RH primordial para as organizações. Empresas enfrentam dificuldades para recrutar profissionais em todos os níveis. Levantamento da Fundação Dom Cabral aponta que 64,62% de 130 empresas pesquisadas não conseguiam contratar profissionais de nível técnico e 40% não localizavam trabalhadores aptos ao exercício de atividades operacionais.

Há grande número de trabalhadores, particularmente da área operacional, que preferem usufruir dos programas sociais a estar formalmente empregados. Isso decorre principalmente de perniciosa combinação desses benefícios com a arcaica legislação trabalhista. Após sete meses de carteira assinada, o trabalhador passa a contar com o seguro-desemprego. Depois, pode recorrer ao Bolsa Família. É inegável o avanço que esses dois fatores promoveram, tanto social quanto economicamente. Porém, como estão, não estimulam a busca pelo aperfeiçoamento profissional.

A pesquisa ampliada do IBGE estimou em 39% da população em idade para trabalhar, cerca de 62 milhões de pessoas, que não exercem nenhuma função nem procuram emprego. Ao não buscar atividade econômica, não figuram como desempregados nos dados oficiais. Ainda conforme o IBGE, em 2012, um em cada cinco jovens entre 15 e 29 anos (9,6 milhões de pessoas) não trabalhava nem estudava. É a chamada ‘geração nem-nem’. Se é difícil contratar, manter os profissionais nas empresas é tarefa tão ou mais complexa. Quem trabalha tem adoecido. O Ministério da Saúde estima em 25 milhões de pessoas os brasileiros que sofrem de depressão em algum grau. Essa doença, que é atualmente a quarta principal causa de incapacitação para o trabalho no mundo, conforme a OMS, responde por dez afastamentos do emprego a cada hora no Brasil.

Embora estratégico neste cenário, o RH é um dos responsáveis pelo quadro. São raríssimas as empresas que observam o perfil comportamental e ético daqueles que recrutam, principalmente para posições de comando. Formar e manter equipe capaz de conquistar resultados exige RH alinhado às estratégias das empresas. Se há poucos anos as organizações podiam apenas cobrar seus profissionais, agora elas têm de ser atraentes para mantê-los e atrair os mais qualificados.

Susana Falchi é CEO da HSD Consultoria em Recursos Humanos e administradora de Empresas com MBA em RH pela FEA/USP.

Palavra do leitor

Extirpá-los
Existe um tipo de assalto que acontece diariamente com todos os 200 milhões de habitantes do nosso querido Brasil e não é muito comentado ou combatido. É, talvez, junto com a corrupção, outro câncer que necessita ser extirpado da Nação, que são os perversos impostos. São tão malignos que levam quase cinco meses de nosso salário por ano. Na prática, enquanto nós damos garfada em nosso prato de comida, o governo dá duas em nossos benefícios. Ele come junto conosco, e de graça. Os assaltos comuns são considerados crimes e os impostos, que acabam todos os meses com o nosso salário, são oficializados. E há a tendência de se aumentar os impostos a cada incapacidade de nossos governantes, ao ponto de utilizarem tanto dinheiro para corrupção, pagar salários altíssimos a políticos, criar mais ministérios inúteis etc, além da compra de votos por meio das famosas bolsas, o que garante duas coisas: que o PT ficará eternamente no poder e que continuaremos a pagar altos impostos para garantir tais bolsas.
Ivanir de Lima
São Bernardo

Cartilha
Como bem disse a leitora Aparecida Dileide Gaziolla (Apagando incêndio, dia 29), a candidata, em sua nefasta oratória na ONU, prega o diálogo com terroristas que degolam, massacram quem não pratica o seu credo, torturam, estupram e vendem mulheres. A criatura segue a cartilha do ‘todo-poderoso’ seu criador, que concedeu asilo político a criminoso que assassinou quatro pessoas na Itália e que, segundo consta, vive a boa vida tomando cerveja nos bares de Cananeia. Ela segue a mesma cartilha, por isso a roubalheira do dinheiro público assumiu essas proporções gigantescas durante o governo do PT. Para pessoas honestas, como eu, e para a imensa maioria da população que não compactua com a ideologia do PT, roubar banco é crime.
Marinilza da Silva Zanin
Santo André

Não entende
O horário eleitoral gratuito, principalmente na TV, verdadeiramente nunca foi grátis porque só edita quem tem dinheiro para alugar equipamentos muito caros e os técnicos, escolhidos a dedo, são careiros. A incansável luta para remoçar e embelezar as imagens é desde a repaginação da cara ajudada pelo possante Photoshop. A um caboclo velho, da fazenda ‘Não me deixes’ em Sobral, Ceará, da dona Cícera, perguntei sobre a campanha geral deste ano, disse: ‘Seu dotô, primeiro eu devo favô a dona Ciça e, segundo, eu num intendo o que esse povo fala na TV. Agora a gente qué sabê mêrmo o que vai fazer pela seca nordestina que não dá sustança’. E complementou o vaqueiro durão Valdão: ‘Ôxente, tem ‘um cabra’ daqui que trabaia pra o governo que fala pra o povo que se a dona Dilma perdê a eleição a Bôça Famia se acaba’. E finalizou: “Nóis qué trabaiá e tê água nas tornera, pra mode sustentar o gado e a plantação. Também baixando o preço das coisas, que tá subino toda semana, e ninguém aguenta mais’. Falou e disse com senso fixo e bem atual.
Francisco Emídio Carneiro
São Bernardo

Memória curta
A manchete deste Diário (dia 1º) diz que Marinho, prefeito de São Bernardo, baixa o nível e faz ataque pessoal a Aécio Neves, mencionando que ele conhece mesmo são as boates do Rio de Janeiro e já foi pego pelo bafômetro. Como pode alguém que tem telhado de vidro jogar pedras no telhado do vizinho? Conforme reportagem da Folha de S.Paulo (2005), Marinho, então sindicalista, foi envolvido em escândalo sexual em boate de Wolfsburg, na Alemanha, durante viagem custeada por montadora alemã. Impossível apagar o passado de cada um, porém, os ‘espertos’ sempre contam com a perda de memória dos outros.
Alvaro Salvi
Santo André

A língua
Concordo integralmente com o Artigo de Karine Pansa ‘O pato social’ (Opinião, dia 7), ressaltando a qualidade da Língua Portuguesa e o esforço que vem sendo feito pelos povos lusófonos em atender ao acordo ortográfico. Também, a coluna de Evaldo Novelini, em Alfarrábios, ‘Grave ameaça à Língua Portuguesa’ (Cultura&Lazer, dia 21), ambos deste Diário, onde é comentada a intenção do senador tupiniquim Cyro Miranda em propor simplificação drástica, e exagerada, na escrita. Eu, sobre o assunto, sendo português natural de Pombal, e brasileiro de Ribeirão Pires, pelo Estatuto de Igualdade, entre Portugal e Brasil, constato a riqueza, a flexibilidade e a precisão, na escrita ou na fala. Apesar das muitas diferenças de pronúncia e no uso de diferentes vocábulos vejo que pouco ou nada atrapalham o entendimento normal das pessoas. Uma simplificação seria aceitável, se aprovada por todos os países falantes.
Manuel da Silva Gomes
Ribeirão Pires 




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