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Levy Fidelix, o retrocesso

Levy Fidelix era apenas ridículo e folclórico, com seu aerotrem

Do Diário do Grande ABC
01/10/2014 | 07:45
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Artigo

Levy Fidelix era apenas ridículo e folclórico, com seu aerotrem. Mas resolveu representar novo papel, capitalizando aquela parcela do eleitorado mais atrasada culturalmente. Ao explicitar sua homofobia, e também apoio saudoso à ditadura (segundo a rádio Estadão FM), ele busca espaço num segmento já ocupado pelo Bolsonaro. É o eleitor irracional e iletrado, de baixa escolaridade, que escreve errado e se expressa de forma confusa, atrelado a todos os preconceitos e ao pior conservadorismo.

Discutir ideias e propostas, num contexto democrático, é atitude totalmente diferente de professar a homofobia e de achar que o autoritarismo e a violência são soluções. Justamente porque uma coisa é a negação da outra. São inconciliáveis.

Essas figuras representam a marcha à ré da história. Regridem aos padrões culturais da Idade Média, quando a fogueira em praça pública era o destino de alguém flagrado pensando com liberdade.

Ainda que este senhor, felizmente, não tenha a menor chance de chegar à Presidência da República, pois todo mundo sabe que é o cacique de partidinho de aluguel, a serviço da melhor oferta no mercado político, ele acaba ocupando espaço de grande repercussão. Sem rodeios semânticos, avacalha mais ainda com a política, que já ocupa o primeiro lugar entre as descrenças da população, segundo pesquisas.

O sexo, que é impulso natural do ser humano e dos animais, para preservar as espécies, foi transformado em culpa para o domínio religioso. O prazer ficou associado ao pecado. A rejeição ao prazer e ao amor entre pessoas do mesmo sexo segue a mesma lógica perversa. Pergunto: quem tem direito de negar a outro que viva sua própria vida, na plenitude da felicidade?

Quem não sente atração por pessoas do mesmo sexo não é obrigado a nada. Mas não lhe cabe nenhum direito, sob nenhum argumento moral, religioso ou social, de negar e principalmente de condenar quem adota essa forma de amar.

É inconcebível que ainda hoje se tenha que discutir tema como este. As leis sociais e os preceitos religiosos foram feitos pelos homens, sempre os dominadores, sem respeitar a natureza, direitos e aspirações dos demais. É forma imensa de violência quando uma lei, ou uma religião, impõe ao conjunto da sociedade determinadas condutas que em nada prejudicam aos demais. O que cada pessoa faz na sua privacidade é assunto que não é da conta de ninguém mais.

Pior ainda quando muitos desses perseguidores, certamente a maioria, fazem em segredo tudo aquilo que publicamente condenam em outros.

Milton Saldanha é jornalista.

Palavra do leitor

Auxílio-moradia
Pasmem, mas o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Luiz Fux determinou, dia 26, o pagamento de auxílio-moradia a todos os magistrados do País, mesmo que trabalhem em suas próprias cidades e tenham residência própria! Onde vamos parar, Brasil? A indecência e falta de vergonha chegam por meio da Justiça. Espero que muitos juízes devolvam os valores recebidos ou doem para alguma instituição de caridade.
Luiz Posterari
Mauá

Mendigos
Mendigar e implorar fazem os necessitados ou espertalhões para poderem sobreviver. Na política, são os candidatos que a isso se sujeitam a fim de conseguir votos necessários para conquistar lugarzinho no poder público. Mas há o outro lado, que nem sempre passa a ser legal. É a promessa enganosa, feita sem o mínimo de constrangimento de enganar o eleitor, em sua maioria despreparada. Essa prática vem de séculos continua sendo perfeitamente aplicada ainda em nossos dias, e com certeza permanecerá. Porque somente uma mente desenvolvida poderia mudar esse critério, o que parece ainda distante da do nosso povo. Mas parecemos felizes. Então, é melhor seguir do que tentar outro caminho sem conhecer o que poderá advir dessa mudança.
Américo Del Corto
Ribeirão Pires

Causa e efeito
Todos nós somos eternos escolhedores. Estamos, a todo e qualquer instante, entrando no imenso campo das possibilidades, onde temos acesso a infinidade de escolhas. A melhor maneira de entender a lei da vida é estar consciente e alerta para as escolhas que fazemos a todo momento. Por isso, no dia 5, quando você acordar, abra os olhos e pense que, quer você goste ou não, tudo o que acontece no presente momento é resultado de escolhas feitas no passado. Pense bem e escolha bem!
Vanderlei A. Retondo
Santo André

Só nos melhores
Há tempos, um brasileiro foi execrado pela opinião pública ao esclarecer ao mundo que ‘o brasileiro não sabe votar’, em velada mensagem àqueles que votariam para preencher os cargos dos poderes da República. Infelizmente, aqueles menos esclarecidos, numa suposta atitude oposicionista, transformaram os poderes públicos em mero jogo de cartas marcadas. Desta forma, votaram em pessoas sem o mínimo de capacidade para gerir esta imensa Nação, pois os que aí estão não têm memória de País continental. Não têm, pois lhes falta o conhecimento ora negado a seus conterrâneos menos favorecidos. Cabe a nós, brasileiros, convictos do valor de nosso voto, lembrar que aprendemos a eliminar de vez aqueles que, com o voto ignorante e inconsequente, se mantêm no poder: criadores de bolsas várias com o único intuito de continuar mandando às custas daqueles que não dispõem de instrução adequada. Vamos votar nos melhores, assim do jeito que está não fica.
Nery Souza
Santo André

Enganosa
Dilma, com a arrogância que lhe é peculiar, gosta de encher a boca para dizer, tanto nas propagandas quanto no horário eleitoral e nos debates, que ‘nunca antes na história deste País’ se investigou tanto e que ela mandou prender o responsável pela roubalheira na Petrobras – aquele chamado carinhosamente pelo ‘chefe’ de Paulinho e reconhecido como grande colaborador! Hein? E por que mandou prender somente depois que a imprensa – cuja função não é investigar, segundo sua abalizada opinião – deu a conhecer toda as ‘maracutaias’ envolvendo a empresa? Por que a Polícia Federal tem que informar em toda investigação se há alguém politicamente envolvido ou avisar, com antecedência, as operações para prender corruptos? Eleitores, cuidado com a propaganda enganosa!
Aparecida Dileide Gaziolla
São Caetano

Incompreensível!
Quando Lula foi candidato à Presidência pela primeira vez, em 2002, a inflação disparou e o mercado financeiro viveu momentos de instabilidade por medo do ‘desconhecido’. Hoje, a Bolsa de Valores tem queda abrupta e o mercado vive receoso diante da hipótese de Dilma se reeleger por medo do ‘conhecido’. O Brasil andando para trás, sem que ao menos a presidente reconheça esse fato e tome medidas competentes para estancar nossa involução, e ela liderando as pesquisas. Não dá para entender! O que o povo espera que Dilma faça em novo mandato sendo que não fez direito sua lição de casa em quatro anos e ainda bagunçou a escola?
Myrian Macedo
Capital  




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