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O Simples e a classe média
Simpi
01/10/2014 | 07:28
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Em entrevista concedida ao programa de TV A Hora e a Vez da Pequena Empresa, o atual presidente do TCU (Tribunal de Contas da União), ministro João Augusto Ribeiro Nardes, fez um relato sobre o Simples, que nasceu a partir da formação da Frente Parlamentar em favor da micro e pequena empresa na Câmara Federal, da qual foi fundador quando deputado federal.

De acordo com o ministro, o Simples foi implantado em 1996, começando com 600 mil empresas e, hoje, conta com mais de 9 milhões de empresas pagando apenas um imposto. “Se colocarmos dois empregados por empresa, são 20 milhões de empregos que foram criados”, calcula. Nardes lembra que, na ocasião, foram realizadas mais de 50 reuniões com o então superintendente da Receita Federal, Everardo Maciel. “Conseguimos convencer primeiro a Receita Federal e, depois, a Previdência (Social)”, recorda o ministro que, ainda, ressaltou: “Foi um trabalho de vários segmentos, e o Simpi em muito contribuiu para que conseguíssemos e tivéssemos a Lei do Simples hoje”.

O presidente do TCU afirma que, no passado, a classe média colocava tudo o que tinha numa atividade econômica informal, como suas propriedades, e não tinha segurança alguma. Hoje, tem a dignidade de contribuir para a Previdência e fazer parte da formalidade. “Muitos analistas ainda não fazem a avaliação, mas o crescimento da classe média no Brasil se deve ao Simples”, conclui Nardes.

Pequenas indústrias paulistas pretendem demitir
A 18ª rodada do Indicador de Atividade da Micro e Pequena Indústria de São Paulo, encomendada pelo Simpi (Sindicato da Micro e Pequena Indústria) ao Instituto DataFolha, revela que uma em cada cinco pequenas indústrias paulistas (20%) pretende demitir trabalhadores. O índice é nove pontos percentuais acima do registrado na rodada anterior (11%) e é o segundo maior já registrado desde março de 2013, sendo inferior apenas a maio, quando 25% pretendiam fechar vagas de trabalho.

Esse movimento pode ser justificado pela falta de capital de giro. De acordo com a pesquisa, apenas 39% das pequenas indústrias dispõem do montante exato de que precisam. Na média geral, quando analisados micro e pequenas em conjunto, esse número sobe para 44%, o mais baixo registrado pela série histórica.

Linhas de crédito
A última pesquisa do Simpi-SP também apontou que, para ter acesso a mais capital de giro, 34% dos micro e pequenos industriais de São Paulo recorreram às linhas de crédito para pessoa jurídica, mesmo índice registrado na pesquisa anterior e cinco pontos percentuais a menos do que o observado no mesmo período do ano passado.

Já o volume de empresários que recorrem ao cheque especial atingiu o patamar de 14%, ante 11% registrado em agosto de 2013.

A íntegra das 18 pesquisas realizadas pelo Simpi e Datafolha, desde março de 2013, podem ser acessadas no site da entidade na internet (www.simpi.org.br). 




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