Política Titulo Caso da mala
MP estudará documentos para verificar 'negócios' na Sosp
Fábio Martins
Do Diário do Grande ABC
26/11/2011 | 07:50
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A Promotoria Pública de Santo André vai estudar os procedimentos administrativos relacionados à empresa Horizon II, braço da construtora São José, que pertence a Alberto Jorge Filho, vítima do roubo de mala no estacionamento da Secretaria de Obras e Serviços Públicos. Os documentos foram enviados ao MP nesta semana depois de quatro meses da requisição. Com a análise, o promotor pretende averiguar se houve motivo para crime contra a administração pública.

São dois processos administrativas deflagrados na gestão Aidan Ravin (PTB) em nome da empresa. Ao fim da apuração, o MP objetiva detectar a postura do governo petebista antes e depois do assalto, ocorrido em 13 de junho. A promotoria visa saber por meio dos documentos se houve tentativa de resolver o problema de contrapartida pedida pela Prefeitura e se foram dadas soluções ao caso, especialmente no período posterior à entrada de veículo Land Rover, seis dias após o episódio, para, segundo Jorge Filho, pegar o projeto de contrapartida com o secretário de Obras, Alberto Casalinho.

De acordo com o empresário, a estimativa das obrigações a construtora ficou em torno de R$ 1,5 milhão por quilômetro. Isso significa que diante do empreendimento com 1,5 quilômetro, custaria R$ 2,250 milhões. Jorge Filho avaliou ser oneroso o gasto tendo em vista que sua obra possui de 50 a 100 metros de frente. De acordo com o construtor, os contatos com o secretário foram frequentes para conseguir registro da obra, mas que até o episódio a Prefeitura não forneceu alvará de construção.

O MP avalia que alguma suposta irregularidade pode ser verificada mesmo na formalidade, tendo em vista que o projeto de contrapartida tem de ser apresentado de maneira lícita, oficial. A cópia dos processos será remetida à Promotoria de Habitação e Urbanismo, especializada no setor. A previsão para a análise final do relatório gira em torno de 30 dias.




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