Esportes Titulo Série C
Sto.André despreza
torcida e sofre fora

Dono do pior público, time da região encara, fora de casa,
os estádios cheios na Série C do Campeonato Brasileiro

Fernando Cappelli
Do Diário do Grande ABC
07/09/2011 | 07:08
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Não há mais por onde escapar. O Santo André tem outro jogo de suma importância para qualquer pretensão de permanência na Série C do Brasileiro, contra o Chapecoense, domingo, no Bruno Daniel (16h).

Mesmo ainda em incômodo último lugar (sete pontos) no Grupo D da tabela de classificação, o fôlego está reciclado com a vitória sobre o Caxias (3 a 1), no domingo.

Mas se o time pensa em almejar apoio a jato da torcida como fonte motivacional nesta reta final, é melhor não se empolgar muito. No Brunão, os números apontam o Ramalhão como uma das médias de público mais anêmicas na posição de anfitrião.

Com média abaixo de 1.000 pessoas no estádio nos três jogos disputados até agora pela competição, a estatística negativa ainda proporciona ao time do Grande ABC o pior público do torneio até agora: 357 pagantes, contra o Joinville, no mês passado. O fato é inversamente proporcional quando a equipe jogou fora, e já encarou estádios com 10 mil pessoas (veja tabela ao lado).

Na diretoria, a estatística negativa repercute intensamente, mas não há previsão de qualquer medida emergencial. O diretor de futebol, Luiz Antonio Ruas Capella, afirmou inicialmente que ninguém pode reclamar do preço dos bilhetes. Desde a primeira partida, o clube colocou os ingressos a preço mínimo (R$ 10 inteira e R$ 5 a meia).

Ele confia que o panorama tem força para mudar com uma classificação milagrosa para a segunda fase da Série C. "Tem de ser um passo após o outro. Quem sabe com uma virada a torcida não volte a apoiar o time como ele merece", vislumbrou o dirigente. "Se isso acontecer, pensaremos com calma em alguma alternativa ou promoção. Até agora, fizemos o que foi possível", completou.

MAU PRESSÁGIO

Entre os torcedores, o otimismo está em menor escala. A sucessão de fatores que aconteceram recentemente com o clube traumatizaram o público e são apontados como causa principal.

Segundo Ovídio Simpionato, presidente da Torcida Uniformizada Dragão Andreense, incidentes do tipo marcam a trajetória do Santo André desde 2001. Passa por aumentos abusivos no preço em jogos contra times grandes, falta de promoções, deslocamento de partidas importantes para o Interior e as quedas consecutivas recentes.

"Tudo isso revoltou a cidade e penalizou os torcedores com o passar dos anos, até chegar onde chegou. Na Série C não tem mais jeito. Agora é esperar alguma medida mais focada para a próxima competição", emendou Ovídio.




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