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Carnaval: Leões do Vale narra história da educação
Ana Macchi
Do Diário do Grande ABC
12/02/2004 | 21:47
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  “O Vale vem aí, Leões vai sacudir. Meu povo é festa, vamos aplaudir ...”. O refrão é do samba “De Grau em Grau a Arte de Aprender”, da escola Leões do Vale, e resume as expectativas do grêmio para o domingo de Carnaval, em Santo André. “A Leões sempre levanta a arquibancada. Nesse ano, não vai ser diferente”, garantiu o presidente Antônio Cláudio dos Reis.

O Carnaval da Leões do Vale foi idealizado em abril e levará para a avenida a história da educação no país, jesuítas e missões.

Apesar de não ter a pretensão de polemizar, um dos carros alegóricos da escola será de protesto em relação à qualidade do ensino atual e do programa “Progressão Continuada”, da Secretaria Estadual de Educação.

A agremiação se apresentará com 12 alas, quatro carros e 500 pessoas. Quinze integrantes trabalham na confecção das fantasias, que podem ser retiradas na quadra (rua Saracanta, 658, Jardim Irene).

É lá também que acontecem os ensaios da bateria, sempre às 21h. A família de Reis sempre esteve no comando dos trabalhos do grêmio, que completa 27 anos de existência neste ano. “Foram quatro títulos de campeã e vários de vice.”

No ano passado, a escola tentou o bicampeonato, mas acabou com o terceiro lugar. Na época, desfilou o enredo “O Disfarce da Face é a Arte da Farsa”, sobre máscaras. “Tivemos um problema na confecção da ala de Comissão de Frente, por causa de falta de dinheiro, e ela não desfilou bem. Nesse ano, não haverá problema”, disse o presidente.

A maior expectativa refere-se à evolução da bateria “nota 10”, que costuma levantar o público quando passa. “Vamos ter coisas interessantes, tanto na batida quanto nas paradas da bateria. Teremos ainda surpresas em quase todas as alas. A escola vai segurar o público madrugada a dentro”, garantiu Reis.

Pelos cálculos da direção, a escola gastará R$ 40 mil – praticamente o dobro da verba repassada pela Prefeitura – para colorir a avenida Firestone de verde, vermelho e branco. O trabalho de um carnavalesco, por exemplo, chega a custar R$ 5 mil.

“O dinheiro do município acabou há dois meses. Temos dificuldades, mas contamos sempre com a ajuda das comunidades dos jardins Irene e Guarará. Com calma, chegaremos lá”, comentou o presidente. Quem sair na escola terá de pagar R$ 10 pela fantasia e sapatilha.




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