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Estudantes de duas faculdades reclamam de trajeto inseguro
Sucena Shkrada Resk
Do Diário do Grande ABC
29/10/2002 | 20:56
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A insegurança presente no trajeto do terminal de ônibus em frente à estação Utinga, até as faculdades que ficam do outro lado da linha do trem, na divisa de Santo André com São Caetano, mobilizou estudantes do Imes (Centro Universitário Municipal de São Caetano) e da UniABC a pedir uma intervenção da EPT (Empresa Pública de Transporte), autarquia de Santo André responsável pela gestão do transporte na cidade. Os estudantes são usuários das linhas I-01, I-05, I-06, T-24, U-22 e U-26 e querem que os ônibus tenham uma parada próxima às universidades. Até agora, entretanto, não tiveram um retorno.

“Cheguei a presenciar, por duas vezes, tiroteios no caminho, em plena luz do dia. Ainda fico preocupada com o assédio por parte de homens que tentam assustar a gente. Acabei optando por tomar dois ônibus, para não enfrentar o perigo”, disse a estudante de Publicidade e Propaganda Liliane Del Vecchio, 20 anos.

Sua colega Vanessa Negretti, 21, do curso de Direito, também adotou a mesma solução. “Já vi até briga com faca, e a gente ainda fica exposta a pontos de droga perto da favela (dos Ciganos, ao da estação Utinga). Além disso, somos obrigadas a atravessar a passarela coberta sobre a estação que não tem segurança. Em dia de chuva, a situação fica pior”, afirmou.

“Uma aluna do Imes sofreu agressões no caminho do ponto de ônibus e, se não fosse a ajuda de dois motociclistas, poderia ter morrido”, contou a estudante de Direito Rita de Cássia de Souza, 30.

O secretário-geral do diretório acadêmico do Imes, Sérgio Luiz Ginezzi, 30, explicou que para chamar atenção do público, foram colocados cartazes nos principais pontos de ônibus perto das universidades. “A gente não tem mais a quem apelar. Já cheguei a ir à EPT para pedir informações sobre o processo e me deixaram sem informação, num jogo de empurra-empurra.”

Segundo o pró-reitor comunitário e de extensão do Imes, Joaquim Celso Freire, a preocupação dos alunos é válida. “Eu não sabia da solicitação, mas é uma coisa procedente. Podemos manter contato com a EPT para informar o volume de estudantes que fazem o trajeto.”

A assessoria de imprensa da EPT informou que um estudo da autarquia mostra ser inviável colocar mais um ponto antes do terminal em frente à estação Utinga. O órgão, entretanto, pretende convocar a comissão de estudantes para discutir uma alternativa para a reivindicação.




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