Política Titulo Prefeito eleito
Michels avisa que não vai lotear Prefeitura de Diadema
Raphael Rocha
Do Diário do Grande ABC
25/11/2012 | 07:31
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Em construção de sua base aliada, o prefeito eleito de Diadema, Lauro Michels (PV), afirmou que não vai adotar a política do ‘toma lá da cá'. "Não vou lotear a Prefeitura. Quero ter pessoas comprometidas comigo e o projeto do PV."

O verde disse que vai estipular metas a serem cumpridas por funcionários comissionados. "Terão de bater ponto e trazer resultados. Quem não trabalhar corretamente estará fora do governo", garantiu.

Michels vai intensificar as negociações com partidos para formação de sua base aliada na próxima semana, quando retorna de viagem à Bahia. Antes do descanso, iniciou oficialmente diálogo com o PR, que tem quatro vereadores eleitos: Talabi Fahel, Reinaldo Meira, Luiz Paulo Salgado e José Zito da Silva, o Zezito.

Aliados do prefeito Mário Reali (PT), os republicanos pediram as secretarias de Transportes e Esportes em troca do apoio ao governo verde. Michels fez contraproposta de ceder apenas uma Pasta à sigla, sem designar para qual setor.

O futuro chefe do Executivo ainda aventou a possibilidade de composição para a presidência da Câmara. Com o PR, o prefeito eleito teria dez votos garantidos, pois conta com adesão dos quatro vereadores do PV (Lúcio Araújo, Milton Capel, Marcos Michels e Márcio da Farmácia) e dos dois parlamentares do PSDB (José Dourado e José Augusto da Silva Ramos).

Antes de viajar, Michels organizou reuniões informais com a cúpula do PRB (que elegeu Pastor João Gomes à Câmara) e PSB (que tem os vereadores Vaguinho do Conselho e Célio Boi). O acordo não foi selado.

A dificuldade na composição da base aliada e alguns pedidos extravagantes fizeram o núcleo duro do governo verde estudar a possibilidade de início do mandato com maioria simples na Câmara - 11 dos 21 parlamentares para a próxima legislatura. Apoiadores de Michels vislumbram cenário semelhante ao enfrentado pelo prefeito de São Bernardo, Luiz Marinho (PT), no início de seu mandato, quando também não tinha controle total sobre o Legislativo.

O petista costurou seu bloco definitivo somente no fim do segundo ano de governo, mas mesmo assim passou os quatro anos de mandato sem conseguir emplacar o presidente da Casa - Otávio Manente (morto em 2011) comandou o Legislativo de 2009 a 2010 e Hiroyuki Minami (PSDB) vai encerrar o atual biênio.




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