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Gilson critica Michels: 'Ele ganhou, mas a cidade perdeu'
Raphael Rocha
Do Diário do Grande ABC
06/11/2012 | 07:42
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O vice-prefeito de Diadema, Gilson Menezes (PSB), criticou a vitória de Lauro Michels (PV), que impediu a reeleição do prefeito Mário Reali (PT). "Ele (Michels) ganhou, mas a cidade perdeu", disse.

Ex-prefeito por dois mandatos - o primeiro pelo PT -, o socialista avaliou que a derrota petista decorreu basicamente de informações repassadas por Michels.

"Ele mentiu demais durante a eleição. Uma das coisas que mais nos prejudicaram foi a catraca. Ele fez com que a população acreditasse que as catracas fossem obra do Mário, e não do governo do Estado, que o apoiou", discorreu.

Instaladas no início do ano, as catracas nos terminais Diadema e Piraporinha simbolizaram o fim da integração gratuita entre o sistema estadual de trólebus e municipal de ônibus. O benefício dura mais de duas décadas, mas a EMTU (Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos) anunciou o fim da parceria devido custos com eletrificação na rede dos trólebus.

Durante a campanha, Michels creditou a Reali a colocação das catracas, afirmando que a falência da ETCD (Empresa de Transporte Coletivo de Diadema) provocou o fim do subsídio repassado ao governo do Estado. O petista rebateu as acusações e tentou no segundo turno atrelar o rival ao encerramento da baldeação gratuita. Camisetas foram desenhadas com o slogan ‘Lauro Catraca'.

Gilson e Michels protagonizaram rusgas públicas, principalmente no segundo turno. O verde chegou a votar contra o pedido de licença que Reali fez à Câmara. Afirmou, à ocasião, que a cidade ficaria à deriva com Gilson no comando do Paço. O socialista rebateu, disse que "nada do que o Lauro fala se aproveita" e que ele só sabia "falar asneiras".

No debate de segundo turno promovido pelo Diário, houve outro bate-boca entre ambos. Michels classificou o governo de Reali como o "pior da história, pior até que o de Gilson". Da plateia, o vice chamou o vereador de "mentiroso e sem-vergonha". O socialista deixou a sede do jornal rapidamente, evitando contato com o verde.

"Como cidadão, espero que ele (Michels) faça um bom governo. Mas não vejo capacidade para ele fazer isso", disse Gilson. Ele ainda não definiu seu futuro e disse que "dificilmente o PSB vá apoiar Michels". A sigla elegeu dois vereadores - Vaguinho do Conselho e Célio Boi - e atualmente comanda a Secretaria de Segurança Alimentar, com Manoel José da Silva, o Adelson.

 

TRANSIÇÃO

Está programada para hoje a primeira reunião de transição entre Reali e Michels, mas o encontro não foi confirmado por petistas ou verdes.




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