Constatando ascensão na corrida eleitoral, o candidato a prefeito de Mauá pelo PT, Donisete Braga, voltou a pregar ontem a comparação dos governos Oswaldo Dias (PT, de 1997 a 2004 e atual) com os de Leonel Damo (PMDB, de 1983 a 1988 e 2005 a 2008). A quatro dias do primeiro turno, parte da estratégia petista ainda passa por atrelar a imagem desgastada do ex-prefeito à de sua filha Vanessa Damo (PMDB).

"Nos 30 segundos de solidão diante das urnas os eleitores vão comparar os governos do PT, que trouxe o desenvolvimento à cidade, com os do Leonel Damo, que brecou os investimentos", projetou Donisete, em reunião com militantes realizada na Associação Nipo Brasileira. "Comparar é oferecer critério para que o eleitor faça a melhor escolha domingo."

O prefeiturável atacou o trato da administração passada com a Saúde, lembrando que a Pasta teve seis secretários em três anos, e o contrato de R$ 79 milhões firmado por Damo com o Instituto Sorrindo para a Vida. No endereço declarado pela entidade à Receita Federal funcionava um sex shop.

"Fico imaginando o Leonel Damo caminhando pelos corredores da Prefeitura e, de novo, abortando nossos projetos, como a chegada da Universidade Federal do ABC e o Bilhete Único", vislumbrou o petista. "O povo sente muito a irresponsabilidade do governo dele. E ainda paga preço muito alto por não ter escolhido o seu prefeito em 2004", prosseguiu, remetendo ao ano em que Márcio Chaves (PT) venceu o primeiro turno nas urnas, teve a candidatura cassada e Damo foi declarado vencedor pela Justiça.

Donisete se disse "tranquilo porque a nossa curva é ascendente", em referência aos crescimento nas pesquisas, e pediu para a militância ter cuidado com boatos na reta final da campanha. "Precisamos estar muito bem vacinados."

Pela manhã, o candidato panfletou em frente ao terminal rodoviário do Centro, ao lado de seu candidato a vice, Hélcio Silva (PT).