Economia Titulo Decisão
Com aumento de 6,5%, chega
ao fim paralisação dos Correios

Índice de reajuste foi determinado ontem pelo TST; categoria,
formada por 120 mil trabalhadores, pedia 43,7% de aumento

Tauana Marin
Do Diário do Grande ABC
28/09/2012 | 07:01
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Após rodadas de negociação e audiência de conciliação, a campanha salarial dos trabalhadores dos Correios chegou ao fim. Ontem, durante julgamento do dissídio coletivo, o TST (Tribunal Superior do Trabalho) de Brasília determinou reajuste de 6,5% para salários e benefícios, retroativo a agosto (data base da categoria).

Desde o início da campanha, a categoria pleiteava 43,7% de reajuste (somadas as perdas salariais desde 1994, índice de inflação do País e aumento real de 10%). A categoria é formada por 120 mil trabalhadores. Desse total, 1.400 estão empregados nas unidades do Grande ABC.

Quanto aos dias parados, o TST determinou que sejam compensados ou, caso haja recusa, descontados.

No início das negociações, a ECT (Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos) ofereceu 3% de aumento. Depois, elevou a proposta para 5,2% - ambas rejeitadas pelos trabalhadores, representados pela Fentect (Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios, Telégrafos e Similares).

"Agora vamos realizar assembleias por todo o País a fim de comunicar esse pequeno reajuste aos funcionários dos Correios", sinaliza o secretário-geral da Fentect, Edson Dorta Silva.

As mobilizações pelo País tiveram início dia 11. No entanto, a greve na região foi decretada oficialmente dia 18. Durante os dez dias de paralisação, as agências do Grande ABC operaram normalmente. A mobilização foi pacífica e não gerou tumulto aos clientes, houve apenas maior lentidão nas entregas.

Segundo o levantamento dos Correios, 91% do efetivo trabalhou durante a greve - 10.737 empregados, do total de 120 mil, aderiram ao movimento em 19 Estados e no Distrito Federal, sendo a maior parte carteiros. Na região, 1.400 estão empregados nas unidades. O Grande ABC conta com 18 agências, 20 centros de distribuição e um centro de tratamento.

A estatal estima que as entregas de cartas e encomendas seja normalizada com a realização de mutirão no fim de semana. Da carga dos últimos seis dias de paralisação, 89,8% foram entregues no prazo, o que equivale a 191,3 milhões de cartas e encomendas.

No ano passado, o acordo salarial também foi definido na Justiça - reajuste de 6,87% e aumento linear de R$ 80. Os funcionários permaneceram 28 dias paralisados.

 

 




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