Economia Titulo Seu bolso
Juros caem quase quatro
vezes mais do que a Selic

Pesquisa da Anefac aponta que taxa média passou de 6,12%
ao mês para 6,02%, o menor patamar de crédito na história

Pedro Souza
Do Diário do Grande ABC
13/09/2012 | 07:22
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Os juros apresentaram a sexta queda mensal consecutiva em agosto. Para os consumidores, a taxa média passou de 6,12% ao mês para 6,02%, menor patamar histórico. Nessa esteira, também com menor índice já verificado, os empréstimos para as empresas caíram de 3,53% para 3,44% ao ano.

Com o resultado, a taxa média de juros aos consumidores reduziu quase o quádruplo do decréscimo da Selic no período entre julho de 2011 e o mês passado. Enquanto a taxa básica nacional ficou cinco pontos percentuais menor, de 12,5% ao ano para 7,5%, o custo do crédito às famílias diminuiu 19,53 pontos, de 121,21% para 101,68%. A Selic, normalmente, é repassada na precificação dos empréstimos.

Trazendo para a realidade a comparação, sobre uma operação de R$ 1.000, na média o consumidor economizaria R$ 50 com base na Selic, mas a descida da taxa média de juros geraria economia de R$ 196.

Três pilares sustentaram essa redução. São eles: a competição entre os bancos, os públicos na ponta da corrida por menores taxas, seguindo a intenção do governo federal de menores juros no País e a própria queda da Selic.

Os resultados são da pesquisa mensal de juros da Anefac (Associação Nacional de Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade). A coleta de dados sobre os consumidores teve início em 1995. Para as empresas, a série histórica começou em 1999.

Por nota, o diretor da Anefac e responsável pela pesquisa, Miguel José Ribeiro de Oliveira, afirmou estar otimista quanto ao futuro. "A nossa expectativa é de que as taxas de juros voltem a ser reduzidas nos próximos meses", disse. Ele associou sua previsão à uma possível nova queda na Selic, a competição entre os bancos e a expectativa de menores índices de inadimplência neste semestre.

MODALIDADES - Entre os seis tipos de operações pesquisadas pela Anefac, apenas os juros do cartão de crédito não caíram, apresentando manutenção na taxa de 10,69% ao mês. Juros do comércio, financiamentos de veículos e empréstimos pessoais de bancos e financeiras atingiram as menores taxas desde o início da pesquisa, em 1995.

 

 

 




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