O meia Paulo Henrique Ganso não ficou nada satisfeito com a nota divulgada pela diretoria do Santos na última sexta-feira. O comunicado oficial do clube desejava terminar com uma série de polêmicas sobre uma possível transferência do jogador. Mas o teor da nota irritou o camisa 10 e por isso o atleta e seus empresários consideram que não há mais clima para a sua permanência no Peixe, de acordo com informações da coluna Painel FC, da Folha de S.Paulo.

No comunicado, a diretoria do Santos reafirmou que Ganso não está à venda e garantiu que não ouvirá mais propostas pelo jogador. Os boatos de uma possível transferência surgiram após o São Paulo enviar uma proposta oficial de R$ 10,7 milhões por 45% dos direitos do atleta, parte que pertence ao clube da Vila Belmiro.

Mas para Ganso, a nota oficial da diretoria foi infeliz, porque só serviu para aumentar a insatisfação da torcida com ele. No clássico com o Palmeiras, no sábado, a torcida alvinegra fez um protesto contra o camisa 10. Segundo um amigo próximo, o meia também chegou a receber ameaças depois do comunicado.

Atualmente, Ganso recebe R$ 130 mil mensais de salário, um dos mais baixos entre os jogadores titulares do Santos. Desde 2010, a equipe e o jogador conversam sobre um contrato de renovação, que aumentaria os vencimentos do jogador e também sua multa contratual, mas as negociações nunca chegaram a ser fechadas.

A diretoria do Peixe nega que a nota tinha a intenção de jogar a torcida contra o jogador, e que se existe algum problema, ele foi causado pelas declarações de Ganso e do grupo DIS (dono de 55% dos direitos do jogador e que gerência a sua carreira). Após a negativa do Santos de aceitar a proposta do São Paulo, o clube do Morumbi afirmou que não aumentará o valor oferecido.