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Crianças ficam sem praça nas férias
Caroline Garcia
Especial para o Diário
16/07/2012 | 07:00
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Andrea Iseki/DGABC


Placa do Ministério do Turismo indica que a Praça Espaço Kaleman, no bairro Campanário, em Diadema, está sendo reformada. O problema é que as crianças ainda brincam no local, que está repleto de entulho, blocos de concreto, ferros, vidros expostos e bueiros abertos.

A revitalização começou no fim de junho, o que revoltou os pais. "Tem o ano inteiro para fazer isso e começam justo na época em que as crianças entram de férias. É o cúmulo", disse a manicure Maria de Fátima Oliveira, 38 anos, que costuma levar o filho de 10 anos para brincar na praça.

No espaço ainda resta quatro balanços, uma quadra de futebol e área para empinar pipa. A maioria das crianças vai brincar de chinelo ou sandália. "O chão está cheio de vidro e pontas de ferro. Meu sobrinho machucou o pé. Não trago mais", contou o telhadista Cosmo Maciel da Silva, 44, que é líder do bairro.

Como não há outro espaço de lazer por perto, a Praça Kaleman continua com bastante movimento. "É a única que dá para ir a pé. Sempre acompanho meu filho e aviso para tomar cuidado. Ainda é melhor do que deixá-lo fechado em casa nas férias", falou Maria de Fátima.

O pedido dos frequentadores é que os locais estratégicos, como o entorno do balanço e os bueiros abertos, sejam limpos e tampados, respectivamente, para que as crianças possam brincar sem ter o perigo de se machucar. "Poderiam juntar as pontas de ferro e os blocos de concreto num canto e isolar a área. Não estamos reclamando da reforma, mas do perigo que é ter esses materiais expostos e a possibilidade de alguém se machucar", disse o líder do bairro.

A Prefeitura de Diadema informou que a comunidade deve evitar o uso da praça enquanto ela estiver em obras. O atual estágio das intervenções pressupõe a preparação para instalação do novo piso, o que inclui a remoção do que havia no local até então. Isso impede a utilização total da área da praça. As obras de recolocação do piso, no entanto, estão paradas e devem ser retomadas assim que parar de chover, segundo a administração.

Entre as intervenções previstas na área estão a cobertura de uma das quadras de esportes, substituição do parquinho, instalação de academia ao ar livre e pista de caminhada.

Telefones da Rua Tortuosa sofrem interrupções constantes

Sempre que os moradores da Rua Tortuosa, no Sítio dos Vianas, em Santo André, precisam fazer uma ligação, têm uma surpresa. As interrupções nas linhas telefônicas são constantes e os aparelhos chegam a ficar mudos por até 20 dias.

"Preciso ligar para alguém, tiro o telefone do gancho e está mudo. Toda semana tenho que chamar o técnico para arrumar. Dá vontade de cortar todos os fios para ver se arrumam de verdade", disse a cozinheira Ivanilda Soares Maia, 40 anos.

O problema, segundo os moradores, começou em novembro do ano passado, quando a Eletropaulo trocou os postes de madeira da via pelos de concreto. Na ocasião, os fios da rede telefônica foram reinstalados.
"Não uso celular e não posso ficar sem telefone. Eu e minha mulher temos problemas respiratórios e já precisei ligar para a ambulância de madrugada. Ainda bem que a linha estava funcionando", afirmou o aposentado Lázaro Luiz Silvério, 68.

Na casa da costureira Maria Alice Monteiro, 65, o técnico da Telefônica havia acabado de arrumar a fiação no poste, estava indo embora e o telefone parou de funcionar novamente. "Não o deixei sair. Fiz voltar e fazer o conserto."

A Telefônica/Vivo disse que equipe técnica foi enviada ao local para fazer a fixação e substituição dos cabos telefônicos. Os trabalhos, segundo a nota, serão concluídos no menor prazo possível. A empresa ressalta ainda que interrupções específicas nas linhas devem ser registradas pelos usuários na Central de Atendimento, no número 10315.

Moradores reivindicam asfalto no bairro Capuava há quatro anos

Empresários e moradores da Rua Estéfano Malesqui, no bairro Capuava, em Mauá, tentam há 4 anos arrumar meios para tampar os buracos da via. Eles mesmos jogam entulho de construção ou colocam pedras. O asfalto está gasto e praticamente não existe mais.

"Só ouvimos promessas da administração e de políticos, mas ninguém faz nada. Quando chove, os pedregulhos vão embora e os buracos se enchem de água. Quando está sol, fica tudo coberto de poeira. Não temos uma época em que fica tudo bem", afirmou o empresário Reinaldo Venceguerra, 44 anos.

O professor de educação física Douglas Marangoni, 29, disse que já foi pessoalmente à Prefeitura. "Falam que o bairro é industrial, passam muitos caminhões e que é complicado arrumar agora, porque a Dersa está realizando obras na região. Mas nossa reivindicação do asfalto é bem mais antiga que essas obras. Essa desculpa não cola de jeito nenhum", reclamou.

Por causa dos buracos no início da rua, empilhadeira de uma das empresas quase tombou e caiu em cima de quem passava na calçada. "Não posso deixar isso acontecer. Comprei dois basculantes de pedra e joguei. Não vai durar muito tempo, é medida paliativa, mas evito algum acidente", contou Venceguerra, proprietário da máquina.

"Não andamos mais sobre o asfalto, e sim dentro dele", comparou o aposentado Alberto Marangoni Filho, 61.

A Prefeitura de Mauá foi procurada, mas não se manifestou sobre o problema.

Falta bueiro em via de Ribeirão Pires

A Rua Gago Coutinho, no Jardim Santa Rosa, em Ribeirão Pires, era de terra e começou a ser asfaltada há cerca de dois meses. O problema é que as guias estão praticamente prontas e não há boca de lobo no trecho que vai do número 284 ao 620.

"Sempre que chovia, a terra absorvia. Então, nunca tivemos problema com acúmulo de água. Agora, com asfalto e sem aberturas, para onde a água vai escorrer? A gente tem medo que comece a alagar", falou o soldador Sidney Santos Conceição, 36 anos.

A Secretaria de Infraestrutura Urbana da cidade disse que não é possível construir bocas de lobo no trecho por não haver terreno público para o escoamento de água. Afirmou ainda que o bueiro será colocado mais para frente, onde existe uma viela com escala hidráulica.

SANTO ANDRÉ

A Vila Pinheirinho, em Santo André, também tem problemas com bueiros. Mas não é a falta deles que incomoda os moradores, é a ineficiência. Toda vez que chove, a água empoça na Rua Manduri, na altura do número 460, e não desce pelo bueiro como deveria.

Os funcionários da Prefeitura acabaram os trabalhos no local há cerca de um mês. "Não sou nenhum técnico, mas dá para ver que foi colocado de forma errada. Senão a água desceria sem problemas", disse o aposentado Zucelei de Oliveira Vallin, 72, que mora em frente ao bueiro.

O Semasa (Serviço Municipal de Saneamento Ambiental de Santo André), informou que equipe de manutenção fará vistoria no local e tomará as devidas providências para sanar o problema.




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