Política Titulo Disputa
Centro de Mauá vira bagunça eleitoral
Mark Ribeiro
Do Diário do Grande ABC
15/07/2012 | 10:21
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Virou bagunça. O nono dia da campanha eleitoral evidenciou que a disputa pelo voto em Mauá transcende os limites da razoabilidade. Na manhã de ontem, a Praça 22 de Novembro, no Centro, foi tomada por cabos eleitorais dos candidatos a prefeito Atila Jacomussi (PPS), Donisete Braga (PT) e Vanessa Damo (PMDB). Mais do que simples bandeiras agitadas, o que por si só fez pedestres trançarem as pernas para alterar seus rumos, as equipes dos três prefeituráveis enviaram carros de som ao local no mesmo horário, com cada um tentando superar os decibéis alcançados pelos adversários. Resultado: só se ouviam palavras cruzadas misturadas a jingles.

Dos três postulantes ao Paço, apenas Atila deu as caras na praça. Chegou por volta do meio-dia, fez panfletagem por 15 minutos e desistiu por conta da própria baderna que ajudou a criar - partiu para caminhada no comércio do Jardim Itapark. Mesmo assim, tentou disfarçar o incômodo. "Este é o coração da cidade. É natural que todas as bandeiras estejam aqui num sábado. Isso é democracia", considerou. "Se eu não fizer campanha, os outros farão", justificou.

Presidente municipal do PMDB e marido de Vanessa Damo, José Carlos Orosco Júnior garantiu que seu pessoal estava organizado. "O carro de som a gente sabe que incomoda um pouco, mas é necessário. Se todos os candidatos abrissem mão dele, eu também abriria", garantiu, expondo orientação aos partidários. "Pedimos que quando cruzarem com carros dos adversários abaixem um pouco o som."

O clima de guerra eleitoral era tão forte que o carro de som de Donisete Braga tocou jingle alternativo da campanha do petista. A canção oficial, apresentada na convenção do PT, dia 30, predominou.

CORREDOR POLONÊS - Ao classificar o transporte público como setor prioritário para o próximo governo de Mauá, ao lado da Saúde, Atila Jacomussi fez duras críticas ao terminal rodoviário do Centro, ao lado da Praça 22 de Novembro. "Virou ponto de uso de drogas e de prostituição de homossexuais. Além disso, o usuário do sistema tem de passar pelo corredor polonês (acesso à estação). É o cartão-postal da vergonha."

Segundo o popular-socialista, o crescimento da cidade ao longo dos tempos faz com que o Centro já não comporte um terminal. A ideia é, se eleito, construir uma estação na Vila Magini, bairro próximo à atual rodoviária. "A Praça 22 de Novembro tem de ser transformada em marco da cultura e do lazer para a juventude."

O plano de governo de Atila contempla ainda a elaboração de estudos para que a tarifa das linhas de ônibus municipais seja cobrado de acordo com a quilometragem percorrida e haja redução do valor das passagens aos fins de semana.




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