Inspeções feitas no Banco Cruzeiro do Sul identificaram um rombo de cerca de R$ 1,3 bilhão. A princípio, foram detectadas fraudes parecidas com as do Banco Panamericano, instituição que pertencia ao Grupo Silvio Santos, com registro de créditos fictícios no balanço. O Cruzeiro do Sul registrava um patrimônio líquido negativo de cerca de R$ 150 milhões.
O Cruzeiro do Sul, que tem como um dos focos principais o crédito consignado e vinha sendo há tempos alvo de rumores sobre dificuldades financeiras, interessava ao Banco BTG Pactual - atualmente controlador do próprio Panamericano. O BTG chegou a fazer oferta de compra. No sábado, no entanto, essas negociações foram encerradas, já que os valores oferecidos foram considerados baixos.
Em março, a agência de classificação de risco Moody's chegou a rebaixar o rating do Cruzeiro do Sul, alegando que ele tinha uma dependência muito grande de "depósitos com garantia e de acordo de securitização de ativos com o Fundo Garantidor de Crédito, que ao final de 2011 representou mais de um terço da captação total". O FGC havia aberto uma espécie de linha de crédito de até R$ 3,8 bilhões para o Cruzeiro do Sul - que havia sacado R$ 625 milhões até o fim do ano passado.
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