Economia Titulo Aporte
Papaiz investe para ampliar
condomínio industrial

Meta é aproveitar forte demanda por espaços empresariais;
dinheiro irá para a construção de mais 15 mil m² de galpões

Leone Farias
Do Diário do Grande ABC
26/05/2012 | 07:11
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O grupo Papaiz, mais conhecido pela produção de fechaduras e cadeados, prepara-se para investir R$ 20 milhões na ampliação de seu condomínio industrial em Diadema, com a construção de mais 15 mil m² de galpões, no ano que vem.

Fundado há 60 anos no País, inicialmente no bairro da Vila Prudente, em São Paulo, e depois, há 30 anos, transferindo-se para a cidade do Grande ABC, o grupo obtém hoje quase um terço de sua receita com a área imobiliária (ou seja, a locação de espaços para outras empresas). A companhia deve fechar o ano com R$ 250 milhões de faturamento, cerca de 10% a 15% mais que em 2011.

A executiva Sandra Papaiz, que é integrante do conselho de administração, assinala que esse é um mercado promissor. Ela lembra que, até a década passada, a cidade contava com muitos galpões disponíveis, mas esse cenário mudou. Com a chegada do Trecho Sul do Rodoanel, a procura cresceu muito. "Hoje em dia, a demanda é maior que a oferta e sobraram (no município) só áreas pequenas", diz.

Um exemplo é o condomínio industrial da companhia, que está todo tomado, sem espaço para novas locações. É ocupado pela área administrativa, comercial e de desenvolvimento de produtos da própria Papaiz - a fábrica de fechaduras foi transferida em 2008 para a Bahia -, pela Udinese (divisão do grupo que faz acessórios para esquadrias) e por duas outras empresas que locam áreas no local: a operadora logística Veloce e a Gerdau.

Sandra revela que já foi iniciado projeto de arquitetura, e falta agora a aprovação do plano de expansão do empreendimento na Prefeitura, para o início das obras.

ANIVERSÁRIO - O grupo, que é familiar e 100% nacional, chega aos 60 anos com saúde financeira e sem dívidas com bancos, relata com orgulho a empresária.

E a concorrência? Ela cita que, na área de cadeados, as empresas brasileiras têm proteção antidumping (medida em que o governo taxa os produtos importados) contra os itens chineses. "Há 15 anos temos essa proteção e, neste ano, estamos renovando o pedido ao governo. Os chineses vendem com preço abaixo do custo da matéria-prima", diz.

Há mais dificuldades no setor de acessórios para esquadrias. Com a crise na Europa, tem crescido a presença de produtos espanhóis e portugueses no mercado. "Agora estamos estudando um antidumping contra países europeus", afirma.

 




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